Mais de 1,5 milhão de sudaneses estão refugiados em países vizinhos
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), cerca de 300 mil pessoas foram deslocadas em Wad Madani, no estado de Aj Jazirah, a segunda maior cidade do Sudão, devido a um novo aumento nos combates, que acontecem desde abril. Mais de 7 milhões de pessoas estão deslocadas internamente no Sudão, segundo a OIM.
“Esta é uma tragédia humana de proporções imensas, que aprofunda a já terrível crise humanitária do país”, disse a Diretora Geral da OIM, Amy Pope, que destacou que o aumento nos deslocamentos demonstra a “urgência de uma resolução pacífica.”
A crise de deslocamentos no Sudão é considerada pela OIM como a maior do mundo, com mais de 7,1 milhões de deslocados internos, além de outros cerca de 1,5 milhão que fugiram para países vizinhos, segundo dados da organização.
De acordo com o ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados, o Chade é o país que concentra o maior número de refugiados do Sudão, com 484,626 de chegadas até 18 de dezembro. Em seguida, vem o Egito, com 378,504. Além desses, outros 370,160 refugiados sul-sudaneses retornaram ao Sudão do Sul, juntamente com 68,078 sudaneses em busca de refúgio no país.
De acordo com os dados da OIM, pelo menos 54% dos deslocados no Sudão são mulheres, sendo que 14% são meninas de 0 a 5 anos e 22% são mulheres de 18 a 59 anos. No Chade, país com maior número de refugiados sudaneses, 25% são mulheres, 14% homens e outros 61% são crianças e adolescentes de 0 a 17 anos.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação