Região que recebeu a doação acolhe cerca de 385 mil refugiados
O governo brasileiro anunciou na terça-feira, 20, a doação de purificadores de água e 18 toneladas de alimentos aos refugiados atendidos pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) na região de Gambela, na Etiópia. A doação aconteceu no sábado, 17, em Adis Abeba, capital da Etiópia, em cerimônia que contou com representantes dos dois países e da Agência da ONU.
Foram entregues ao todo 65 purificadores de água portáteis, cada um com capacidade para purificar mais de 5 mil litros de água por dia, além de 10 toneladas de alimentos nutritivos desidratados, 4 toneladas de arroz parboilizado orgânico, 4 toneladas de leite em pó (estes dois últimos produzidos e doados pelo Movimento dos Trabalhadores sem Terra – MST). Os itens doados serão destinados a campos de refugiados na região de Gambela, que acolhe mais de 385 mil pessoas.
A entrega simbólica da doação foi feita pela primeira-dama brasileira Rosângela Lula da Silva, em cerimônia com a participação do representante do ACNUR na Etiópia, Andrew Mbogori, da diretora-geral do Serviço de Refugiados e Retornados, daquele país, Teyiba Hassen, e do Coordenador-Geral de Cooperação Humanitária da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministro José Solla.
Na cerimônia de entrega das doações, o representante da ABC reiterou que a África é prioridade da política externa do Brasil. “A ABC vai fortalecer a presença no continente africano, e já estamos trabalhando nisso. O privilégio da presença aqui hoje da primeira-dama do Brasil é uma clara demonstração das instruções presidenciais a todo o governo do Brasil em relação à África”, afirmou.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a Etiópia tem pelo menos 3,45 milhões de deslocados internos, sendo que conflitos (64%) são a principal causa. Em seguida vem as secas (17%) e tensões sociais (9%). Segundo a OIM, a região Somali acolhe o maior número de deslocados internos devido à seca, enquanto a região de Tigray acolhe o maior número de deslocados internos devido a conflitos.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação, com informações do Ministério das Relações Exteriores