O Rio Grande do Sul está enfrentando uma das piores tragédias climáticas de sua história. Cidades inteiras estão devastadas, e na Serra Gaúcha o pânico se espalhou. Na região da Serra, o grande volume de chuvas fez com que os rios transbordassem, resultando em danos a rodovias e estradas, além de muitos, terem perdido suas casas. O mais trágico, no entanto, foram as vidas perdidas repentinamente devido às chuvas torrenciais e seus efeitos devastadores. A sensação de impotência diante dessa crise climática é evidente.
A angústia é palpável. Embora muitos estejam seguros, sem danos materiais ou pessoais, parentes de alguns foram desalojados, e outros, desabrigados. Amigos e familiares próximos perderam tudo. Os rios da região metropolitana continuam a subir, o aeroporto de Porto Alegre, está inundado e fechado, com previsão de reabertura somente no dia 30 de maio. As estradas estão seriamente danificadas, com rodovias inteiras destruídas pelas chuvas e desmoronamentos. Em Caxias, há um grande risco de deslizamentos de terra, em virtude do solo encharcado.
Em Galópolis, o tabelionato de notas foi completamente destruído, por deslizamento de massa, sendo esse bairro um dos mais atingidos na cidade e essa realidade é angustiante e desoladora. Políticas públicas devem considerar as mudanças climáticas, especialmente seus impactos e eventos adversos dos desastres, e o Brasil vive essa calamidade, onde milhares de pessoas estão fora de suas casas, ansiosas com o amanhã, com previsão de mais chuvas. Orem e torçam pelo Rio Grande do Sul. Contribuam como puderem, e entendam que, segundo especialistas, isso pode piorar.
É importante ver o Rio Grande do Sul não apenas como um estado que precisa de ajuda, mas também como um estado que precisa de políticas efetivas de segurança, medidas de mitigação e, principalmente, medidas de adaptação. Há anos como profissional de imigração, e acostumado a lidar com pessoas vítimas de crises humanitárias em diversos países do mundo. Agora, essa calamidade não condiciona atingidos pelo local de nascimento, gênero, raça e cor, classe social. Muitos afetados pelas inundações se tornarão migrantes internos porque suas casas foram levadas pelos rios, e suas vidas foram destruídas. Isso é triste e desolador. Torçam e orem pelo Rio Grande do Sul, e lembrem-se de que políticas efetivas de prevenção são necessárias para salvar vidas e evitar perdas econômicas.
É importante ressaltar que os risco de inundação já passou, como também da iminência de rompimento de barragens na cidade, mas a Serra Gaúcha está isolada, sem previsão de desbloqueio. Muitas estradas foram soterradas por deslizamentos, resultando em obstáculos que causam prejuízos, dificuldade nos resgates e buscas por desaparecidos. Há um sentimento de impotência e incerteza sobre o futuro, especialmente com a possibilidade de chuvas intensas ainda nesta semana.
Os desafios futuros são enormes. Cidades inteiras estão isoladas, o que complica a chegada de ajuda e o resgate de pessoas. Algumas cidades já sofrem com a escassez de medicamentos, alimentos e combustíveis. O uso de combustíveis deve ser reservado para veículos de resgate e serviços essenciais em vários municípios. Aeronaves são necessárias para responder ao socorro e garantir a segurança das pessoas afetadas por essa tragédia climática. Orem pelo Rio Grande do Sul.
Por Adriano Pistorelo, da Equipe de Comunicação
