Mais de 26 milhões de pessoas foram internamente deslocadas por desastres climáticos em 2023
No “Vídeo do Papa” do mês de setembro, Francisco convida os fiéis a rezarem pelo cuidado do planeta e reforça o alerta sobre as mudanças climáticas. No próximo domingo, 1º de setembro, é celebrada o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação.
“Rezemos pelo grito da Terra”, pede o Papa em seu vídeo. “Se medirmos a temperatura do planeta, nos dirá que a Terra está com febre, que está doente”, ressalta o Pontífice, que questiona: “E nós, ouvimos esta dor?”
Francisco recorda os milhões de afetados pelas catástrofes ambientais, destacando que “os que mais sofrem com as consequências destes desastres são os pobres”, que são obrigados a deixar suas casas por inundações, ondas de calor ou secas. De acordo com dados do Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno (IDMC, sigla em inglês), em 2023 pelo menos 26.4 milhões de pessoas foram internamente deslocadas em seus países devido a desastres climáticos, a maioria (9.7 milhões) por inundações.
O Papa afirma que, para enfrentar as crises ambientais causadas pelo homem, é necessário ter “não apenas respostas ecológicas, mas também sociais, econômicas e políticas”. Ele destaca, ainda, que é necessário se comprometer na luta contra a pobreza e com a proteção da natureza.
“Rezemos para que cada um de nós ouça com o coração o grito da Terra e das vítimas das catástrofes ambientais e das alterações climáticas, comprometendo-nos pessoalmente a cuidar do mundo que habitamos”, pede Francisco.
Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação
O Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação foi instituído na Igreja Católica pelo Papa Francisco, em 2015, e é celebrada pela Igreja Ortodoxa desde 1970. Essa data tem como propósito chamar toda a humanidade a uma conversão ecológica, que permita criar relações sustentáveis com o mundo que nos rodeia, protegendo toda a Criação.
Em 2024, o tema da Mensagem do Papa Francisco para essa celebração é “Espera e age com a criação”, na qual o Pontífice incentiva “a viver uma fé encarnada, que sabe entrar na carne sofredora e esperançosa das pessoas” e chama “a estender a harmonia entre a humanidade também à criação na responsabilidade por uma ecologia humana e integral, caminho de salvação da nossa casa comum”.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação