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“Caminhemos juntos na esperança”: a Mensagem do Papa Francisco pela Quaresma 2025

O Vaticano divulgou nesta terça-feira, 25, a Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2025, que será iniciada na próxima quarta-feira, 05 de março. A Mensagem tem como tema “Caminhemos juntos na esperança”, recordando, também, o Ano Jubilar, que tem como tema “Peregrinos de Esperança”.

“Com o sinal penitencial das cinzas sobre as nossas cabeças, iniciamos na fé e na esperança a peregrinação anual da Santa Quaresma”, escreve Francisco, que ressalta que, nesse tempo, a Igreja convida os cristãos a prepararem seus corações e a se abrirem à graça de Deus para celebrar com alegria o triunfo pascal de Cristo.

Nesta Quaresma, “enriquecida pela graça do Ano Jubilar”, o Papa traz reflexões sobre o significado de caminhar juntos na esperança e de evidenciar os apelos à conversão dirigidos a todos pela misericórdia de Deus.

Refletindo sobre o “caminhar”, Francisco recorda o lema do jubileu, “Peregrinos de Esperança”, que lembra a travessia do povo de Israel rumo à Terra Prometida, passando da escravidão para a liberdade. “E não podemos recordar o êxodo bíblico sem pensar em tantos irmãos e irmãs que, hoje, fogem de situações de miséria e violência e vão à procura de uma vida melhor para si e para seus entes queridos”, afirma o Papa.

A mensagem sugere o exercício quaresmal de confrontar-se com a realidade de algum migrante ou peregrino “e deixar que ela nos interpele, a fim de descobrir o que Deus pede de nós para sermos melhores viajantes rumo à casa do Pai.”

Francisco destaca que caminhar “juntos” é a vocação da Igreja, recordando a homilia na missa de Canonização de São João Batista Scalabrini e Artemide Zatti. “Os cristãos são chamados a percorrer o caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários”, escreve o Papa, sublinhando que o Espírito Santo impele os cristãos a sair de si mesmos e ir ao encontro de Deus e dos irmãos, nunca se fechando em si mesmos.

“Nesta Quaresma, Deus pede-nos que verifiquemos se nas nossas vidas e famílias, nos locais onde trabalhamos, nas comunidades paroquiais ou religiosas, somos capazes de caminhar com os outros, de ouvir, de vencer a tentação de nos entrincheirarmos na nossa autorreferencialidade e de olharmos apenas para as nossas próprias necessidades”, destaca o Papa. Ele convida cada um a se perguntar diante do Senhor se “somos capazes de trabalhar juntos ao serviço do Reino de Deus”, se, com nossas ações, “temos uma atitude acolhedora em relação àqueles que se aproximam de nós e a quantos se encontram distantes” e, ainda, se incluímos as pessoas nas comunidades ou se as mantemos à margem.

“Em terceiro lugar, façamos este caminho juntos na esperança de uma promessa”, convida Francisco, que destaca que “a esperança que não engana”. Ele cita a Encíclica Spe salvi, recordando que “o ser humano necessita do amor incondicionado”, que o faz ter certeza de que nada poderá separá-lo do amor de Deus. “Jesus, nosso amor e nossa esperança, ressuscitou e, vivo, reina glorioso. A morte foi transformada em vitória e aqui reside a fé e a grande esperança dos cristãos: na ressurreição de Cristo!”, ressalta.

O Papa apela para os cristãos mantenham a esperança e a confiança em Deus e na sua promessa da vida eterna. Francisco convida cada um a se perguntar: “estou convicto de que Deus me perdoa os pecados? Ou comporto-me como se me pudesse salvar sozinho? Aspiro à salvação e peço a ajuda de Deus para a receber? Vivo concretamente a esperança que me ajuda a ler os acontecimentos da história e me impele a um compromisso com a justiça, a fraternidade, o cuidado da casa comum, garantindo que ninguém seja deixado para trás?”

Francisco encerra a mensagem afirmando que, “graças ao amor de Deus em Jesus Cristo, somos conservados na esperança que não engana”, pois a esperança é “a âncora da alma”. Na esperança, a Igreja reza pela salvação de todos e anseia estar na glória do céu.

Em sua mensagem para a Quaresma de 2024, intitulada “Através do deserto, Deus guia-nos para a liberdade”, o Papa Francisco convida os fiéis a refletirem sobre a jornada espiritual como um caminho do deserto à liberdade. Ele destaca que, embora a humanidade tenha alcançado avanços significativos, ainda enfrenta “escuridão das desigualdades e dos conflitos”. O Papa enfatiza a necessidade de reconhecer as “escravidões” modernas e de buscar uma conversão autêntica durante a Quaresma, através da oração, esmola e jejum, promovendo decisões comunitárias que transformem a vida cotidiana e reforcem a fraternidade universal.

Por Amanda Almeida, do Serviço de Comunicação

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