Pesquisar

Justiça determina implementação de educação escolar indígena para povos migrantes e refugiados em Roraima

De acordo com comunicado publicado na segunda-feira, 20, pelo Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal determinou que a União, o Estado de Roraima, os municípios de Boa Vista e Pacaraima e a Funai cumpram um plano de ação para garantir educação escolar indígena de crianças e adolescentes das etnias migrantes da Venezuela. Brasil abriga mais de 10.000 indígenas venezuelanos, a maioria no estado de Roraima.

A decisão foi resultado de uma ação civil pública (ACP) promovida pelo MPF e os entes públicos terão prazo de 90 dias para executar o plano.

Segundo o MPF, o plano deverá prever a matrícula regular dos estudantes, contratação de professores bilíngues, formação continuada, adaptação da infraestrutura escolar, além de transporte, alimentação e materiais didáticos. Também deverão ser elaborados conteúdos pedagógicos específicos, bilíngues e interculturais.

Para receber recursos do governo federal, os municípios e o Estado precisarão regularizar pendências técnicas e financeiras junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Caso haja descumprimento, foi fixada multa diária de R$100 para cada ente envolvido, revertida ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

A ação foi ajuizada pelo MPF em 2019. Em 2021, com apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), foi elaborado o primeiro plano de educação para migrantes e refugiados indígenas, em parceria com as Secretarias de Educação do Estado de Roraima e dos municípios de Boa Vista e de Pacaraima.

O comunicado destaca que esse plano trouxe avanços parciais, como a garantia de matrícula, a realização de seminários de educação indígena e a criação de um curso de magistério para professores indígenas migrantes.

Até junho de 2025, segundo dados do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) e da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), o Brasil acolhia pelo menos 10.150 indígenas venezuelanos migrantes e refugiados. Os dados apontam que a maioria reside em Roraima e pertence às etnias Warao, Pemon, Kariña, E’ñepa e Wayúu.

Por Amanda Almeida, do Serviço de Comunicação, com informações do MPF

Compartilhe esta informação. É muito importante.

As pessoas também estão lendo:

AGENDA DE PUBLICAÇÕES
setembro 2025
S T Q Q S S D
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
2930  

Irmãs Scalabrinianas

Estão presentes em muitos países do mundo.
Para melhor exercer sua missão, a Congregação divide-se em províncias/regiões de missão.
 
Nestes espaços, as irmãs se dedicam à missão que aceitaram realizar, comprometendo-se com a vida, especialmente dos que mais sofrem, dos migrantes, dos refugiados.
 
São mulheres que escolheram seguir o chamado de Deus, confiando-lhes uma linda e importante missão na igreja.

Siga-nos

Mais recentes no site

Conheça o trabalho das Irmãs Scalabrinianas com migrantes e refugiados