De acordo com dados da Agência da ONU para o Refugiados (ACNUR), citados pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), pelo menos 440 mil pessoas fugiram do Líbano para a Síria desde 23 de setembro, devido aos ataques de Israel no país. Além desses, outros 22 mil chegaram ao Iraque.
Segundo o OCHA, desde 8 de outubro de 2023, quando começaram os conflitos na Faixa de Gaza, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) registrou que mais de 833 mil pessoas foram deslocadas internamente no Líbano. Desses, pelo menos 52% são mulheres e 48% são homens, com pelo menos 35% sendo crianças e adolescentes de 0 a 18 anos.
Do total de deslocados, mais de 189 mil estão registrados em cerca de 1.100 abrigos coletivos, 84% dos quais estão em sua capacidade máxima. Segundo o OCHA, o ACNUR identificou mais de 53.400 refugiados que foram deslocados dentro do Líbano desde outubro passado, dos quais cerca de 80% foram obrigados a fugir somente no último mês, sendo a maioria refugiados sírios.
Segundo dados do ACNUR, o Líbano hospedava em setembro pelo menos 1,5 milhão de refugiados da Síria e 11.411 de outras nacionalidades. Desde o início dos conflitos em Gaza, antes da última escalada nos ataques, confrontos contínuos ao longo da Linha Azul, na fronteira sul do Líbano, já haviam obrigado mais de 102 mil pessoas a se deslocar. Até o início dos ataques recentes, cerca de 87.000 refugiados viviam nas províncias do sul do país.
O OCHA aponta que, desde a escalada das hostilidades há um ano, mais de 2.600 pessoas foram mortas no Líbano e cerca de 12 mil ficaram feridas.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação