Venezuelanos são o maior fluxo migratório para o Brasil
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), divulgou na quinta-feira, 10, o Boletim das Migrações, que contempla dados sobre os fluxos migratórios no Brasil de 2010 a agosto de 2024. Nesse período, o país recebeu mais de 450 mil pedidos de refúgio.
De acordo com o documento, entre 2010 a agosto de 2024, o Brasil registrou a entrada de 1.700.686 migrantes, entre residentes, temporários e fronteiriços. No período analisado pelo documento, o maior fluxo migratório foi de migrantes vindos da Venezuela (500.636), do Haiti (183.102) e da Bolívia (110.795).
Nesse período, foram reconhecidos 146.109 refugiados pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), dos quais a maioria é originária da Venezuela (134.089), da Síria (4.100) e da República Democrática do Congo (1.158). No total, foram recebidas 450.752 solicitações de refúgio, das quais os principais países de origem eram Venezuela (257.186), Cuba (41.800), Haiti (40.483) e Angola (17.859).
De acordo com o Boletim das Migrações, do total de refugiados reconhecidos nos últimos 14 anos, 80.219 eram homens e 64.754 eram mulheres, além de outros 1.136 que constam como não especificado. A maioria dos refugiados reconhecidos tinham idades entre 25 e 40 anos (48.987), em seguida vem os com idades entre 0 e 15 anos (35.504) e entre 15 e 25 anos (34.300).
O documento aponta que a maior parte dos refugiados registrados se localiza na região Norte do Brasil, com 125.167, dos quais 93.340 foram registrados em Roraima, principal porta de entrada dos migrantes e refugiados venezuelanos no Brasil. Em seguida vem a região Sudeste, com 11.824, e a região Sul, com 5.143.
O Boletim das Migrações aponta, ainda, que, nos últimos 14 anos, 141.074 pessoas receberam acolhida humanitária no Brasil. Nesse período, 493.356 venezuelanos foram acolhidos no país, além de outras 254.713 pessoas que chegaram com o objetivo de reunião familiar.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação