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Conferência dos Bispos Católicos dos EUA pede “soluções justas e misericordiosas” para políticas de Trump sobre migrantes

Após a assinatura pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de uma Ordem Executiva, no dia 22 de janeiro, que suspende a entrada de estrangeiros sem documentos no país, entre outras diversas medidas, a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB) emitiu pronunciamentos sobre a situação.

Em declaração, o bispo Mark J. Seitz, de El Paso, presidente do Comitê de Migração da USCCB ressaltou que a Igreja Católica “está comprometida em defender a santidade de cada vida humana e a dignidade dada por Deus a cada pessoa, independentemente da nacionalidade ou status de imigração”.

Ele sublinhou que a Igreja reconhece o direito e responsabilidade dos países de promover a segurança por meio de fronteiras e “limites justos à imigração”. No entanto, ele afirmou, “não podemos tolerar injustiças”. O bispo Seitz destacou que o uso de generalizações para denegrir qualquer grupo, “como descrever todos os migrantes indocumentados como “criminosos” ou “invasores”, para privá-los da proteção da lei, é uma afronta a Deus, que criou cada um de nós à sua própria imagem.”

“Embora a ênfase no combate ao tráfico seja bem-vinda, várias das ordens executivas assinadas pelo presidente Trump esta semana destinam-se especificamente a eviscerar as proteções humanitárias consagradas na lei federal e minar o devido processo, sujeitando famílias e crianças vulneráveis a graves perigos”, declarou o bispo Seitz, que demonstrou preocupação com a implantação de ativos militares na aplicação da lei de imigração na fronteira entre EUA e México.

Na declaração, ele ressaltou que o impedimento de acesso ao asilo e outras proteções legais colocam em risco os migrantes mais vulneráveis. Da mesma forma, ele pontuou que a interrupção do reassentamento de refugiados é “imerecido, pois já provou ser um dos caminhos legais mais seguros para os Estados Unidos.”

“Instamos o presidente Trump a mudar dessas políticas apenas de aplicação para soluções justas e misericordiosas, trabalhando de boa-fé com os membros do Congresso para alcançar uma reforma imigratória bipartidária significativa que promova o bem comum com um sistema de imigração eficaz e ordenado”, pediu o bispo Seitz, que ressaltou que a USCCB continuará a acompanhar os imigrantes.

Igreja pede que ações considerem a dignidade de todos
Em uma declaração anterior, o Arcebispo Timothy P. Broglio, presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA, destacou que a Igreja “tem muito a oferecer” sobre as questões abordadas por Trump em suas Ordens Executivas, entre elas o tratamento de imigrantes e refugiados, que são “profundamente preocupantes e terão consequências negativas, muitas das quais prejudicarão os mais vulneráveis entre nós.”

Ele destacou que a Igreja Católica tem esperança de que os líderes do país reconsiderem suas ações “que desconsideram não apenas a dignidade humana de alguns, mas de todos nós”. Recordando a celebração do Ano Jubilar de 2025, afirmou que “nossa oração é de esperança de que, como uma Nação abençoada com muitos dons, nossas ações demonstrem um cuidado genuíno por nossas irmãs e irmãos mais vulneráveis, incluindo os não nascidos, os pobres, os idosos e enfermos, e os migrantes e refugiados.”

Medidas contra a imigração
No dia 22 de janeiro, o Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma Ordem Executiva que suspende a entrada de estrangeiros sem documentos no país. O documento autoriza e instrui o Departamento de Segurança Interna (DHS), o Departamento de Justiça e o Departamento de Estado a “tomar todas as medidas necessárias para repelir, repatriar e remover imediatamente” estrangeiros sem documentos que estejam na fronteira Sul dos EUA.

Trump suspendeu, ainda, os voos de reassentamento de cerca de 10 mil refugiados, incluindo cerca de 1,6 mil afegãos que foram aprovados para buscar asilo nos Estados Unidos, entre eles pessoas que trabalharam com os militares americanos durante a guerra e seus familiares.

Além disso, no dia 29 de janeiro, Trump enviou um Memorando ao Secretário de Defesa e ao Secretário de Segurança Interna para que aumentem a capacidade do Centro de Operações de Migrantes na Estação Naval da Baía de Guantánamo. Á mídia, ele afirmou que a ordem instruía os Departamentos de Defesa e Segurança Interna “a começarem a preparar as instalações para 30 mil imigrantes na Baía de Guantánamo.”

Por Amanda Almeida, do Serviço de Comunicação

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