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Conflitos no Sudão do Sul seguem deslocando milhares quase 10 anos após início

Atualmente, milhares de sul sudaneses estão deslocados internamente, enquanto mais de 2,2 milhões fugiram do país

De acordo com dados divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) na última quarta-feira, 7, o conflito armado na região do Grande Nilo Superior do Sudão do Sul, já deslocou pelo menos 20 mil pessoas desde agosto desse ano. No total, mais de 2,2 milhões de sul sudaneses já solicitaram refúgio em países vizinhos.

Segundo o ACNUR, a crise de refugiados no Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo, já é a maior do continente africano. Segundo a agência, mais pessoas continuam fugindo de suas casas, conforme o conflito, iniciado em 2013, se intensifica. “Os civis estão sob ataque neste conflito implacável”, disse o representante do ACNUR no Sudão do Sul, Arafat Jamal.

Atualmente, mais de 845 mil refugiados do Sudão do Sul estão em Uganda e mais de 800 mil solicitaram refúgio ao Sudão. Além disso, mais de 400 mil estão refugiados na Etiópia, enquanto cerca de 151 mil estão no Quênia e 56 mil estão na República Democrática do Congo.

De acordo com Jamal, os civis em fuga estão visivelmente traumatizados e relatam assassinatos, ferimentos, violência de gênero, sequestros, extorsão, saques e queima de propriedades. Muitos perderam suas casas e foram separados de suas famílias.

Em 2018, o chamado Acordo de Paz Revitalizado foi assinado, mas sua implementação tem sido lenta enquanto o Sudão do Sul luta para acabar com a violência entre grupos armados e forças militares. Além dos refugiados do Sudão do Sul em outros países, milhares estão deslocados internamente, enquanto fogem dos conflitos.

Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual

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