Além dos deslocados internos, mais de 1,1 milhão de pessoas fugiram para países vizinhos
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), após seis meses do início dos conflitos no Sudão, o país se tornou a maior crise de deslocamento interno do mundo, com pelo menos 7,1 milhões de pessoas deslocadas dentro do país.
Segundo a OIM, do total de deslocados no Sudão, pelo menos 4,5 milhões foram deslocadas após o início dos conflitos em abril e cerca de 3 milhões são originários de Cartum, capital do país e epicentro do conflito, o que corresponde a 67.79% do total de deslocados.
Pelo menos 642.225 pessoas de Darfur do Sul foram deslocadas pelos conflitos, sendo o segundo maior deslocamento interno no Sudão, seguido pelas populações de Darfur do Norte, com 361.248, Darfur Central, com 173.870, e Darfur Ocidental, com 160.630.
De acordo com os dados da OIM, pelo menos 54% das pessoas deslocadas são mulheres, sendo que 14% são meninas de 0 a 5 anos e 22% são mulheres de 18 a 59 anos.
“A situação humanitária no Sudão é catastrófica e sem fim à vista e são os civis que pagam o preço”, disse a Diretora Geral da OIM, Amy Pope. Segundo a Organização, cerca de 80% dos deslocados relatam que os serviços de saúde não estão disponíveis ou não funcionam adequadamente, como resultado da sobrecarga dos serviços públicos nas regiões para onde as pessoas afetadas fugiram, além de danos à infraestrutura causados pelo conflito.
De acordo com o ACNUR, 1.1 milhão de pessoas fugiram do Sudão para países vizinhos, sendo a maioria para o Chade, que já recebeu pelo menos 431.197 pessoas. Em seguida, vem o Egito, com 317.230, o Sudão do Sul, com 317.479, a Etiópia, com 37.555, e a República Centro Africana, com 20.177.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação