A Associação Educadora São Carlos (AESC) foi homenageada no Plenário da Câmara Municipal de Caxias do Sul na manhã de quarta-feira, 3, em razão da passagem dos 60 anos da entidade em maio deste ano. A honraria, proposta pelo vereador Zé Dambrós, foi aprovada em junho pelos parlamentares da Casa.
A celebração, conduzida pela presidente da Câmara de Caxias do Sul, Denise Pessôa, serviu como espaço de agradecimento pelas ações da AESC na cidade e para contar um pouco da história da associação que, na cidade, mantém o Colégio São Carlos, fundado em 1936, e o Centro de Atendimento ao Migrante (CAM). Estiveram na sessão da Câmara, para acompanhar a solenidade, professores e estudantes da escola e integrantes do CAM.
No Rio Grande do Sul desde 1915, as Irmãs Scalabrinianas promovem o acolhimento a migrantes e refugiados com obras em saúde, educação e responsabilidade social. Desde 1962, esse trabalho é realizado sob a pessoa jurídica da Associação Educadora São Carlos (AESC), que tem sede em Caxias do Sul.
Dambrós foi o primeiro a falar na sessão ordinária, ressaltando que homenagear a AESC é reconhecer a trajetória da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Barromeo-Scalabrinianas. Em sua fala, abordou a importância da escola para a cidade:
“Nesses mais de 80 anos de trajetória, o Colégio São Carlos se transformou em referência para a nossa cidade. É sinônimo de educação, de qualidade, de uma instituição que preza pelos valores morais, na construção de uma sociedade justa, solidária e sustentável”.
O vereador completou lembrando de como o propósito do CAM se insere na história da imigração de Caxias do Sul: “A cidade que nasceu da imigração italiana e que há pouco tempo assistiu à vinda de senegaleses e haitianos, hoje, reaviva o carisma da Congregação ao receber os venezuelanos. O trabalho do CAM de promoção, proteção e garantia de direitos aos imigrantes tem a marca, o carinho e a dedicação da Associação Educadora São Carlos”.
Diretora secretária da AESC, Irmã Nadir Contini agradeceu a distinção no espaço da tribuna e lembrou que os 60 anos da Associação ocorrem em um momento especial para a Congregação: o 25º aniversário da beatificação de Dom João Batista Scalabrini, seu fundador. Ao listar as entidades administradas pela AESC, entre colégios, hospitais, centros de acolhimento, ressaltou o trabalho com os imigrantes:
“O Centro de Atendimento ao Imigrante, há 38 anos, está a serviço dos imigrantes e refugiados da Serra Gaúcha na acolhida, na regularização migratória, na defesa de direitos, nos cuidados com a saúde mental, no auxílio nos meios de vida e na empregabilidade, pois é a missão das Irmãs Scalabrinianas”.
Para o prefeito da cidade, Adiló Didomenico, a homenagem é muito justa, e reconheceu o acolhimento das Irmãs aos que chegam à cidade procurando uma vida melhor. Em seu discurso, lembrou de sua própria história, ao vir de outra cidade, aos 17 anos, buscando oportunidades em Caxias do Sul. “Precisamos continuar com esse sentimento de acolhida, de amor e de fraternidade a essas pessoas que buscam um lugar ao sol em Caxias do Sul”.
Moção de reconhecimento em Santa Vitória do Palmar
No mês de junho, a Câmara de Vereadores de Santa Vitória do Palmar também homenageou a AESC pelo 60º ano de fundação e o colégio ESI São Carlos, mantido na cidade. A moção de reconhecimento foi recebida pelo diretor da escola, Giovani Pio Maximila, e pela Irmã Luiza Bernardi.
Além das instituições em Caxias do Sul e em Santa Vitória do Palmar, a AESC mantém na Capital o Hospital Santa Ana, 100% SUS, quatro Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) e o Hospital Mãe de Deus. No litoral, os hospitais Santa Luzia, em Capão da Canoa, e Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres. Faz parte da rede Educação Scalabriniana Integrada também o Colégio Nossa Senhora de Lourdes, em Farroupilha. Nesta cidade, está agendada para o dia 29 de agosto a homenagem do Legislativo Municipal às seis décadas de atuação da AESC.
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Da Equipe de Comunicação Virtual com AESC