As travessias irregulares de fronteira para a União Europeia caíram 43% entre janeiro e outubro de 2024, em comparação com o ano passado, de acordo com dados da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex). No ano passado, mais de 330 mil migrantes irregulares foram registrados na UE.
De acordo com a Frontex, nos primeiros 10 meses do ano 191.900 migrantes foram registrados entrando na União Europeia, a maioria pelo Mediterrâneo Central, onde 55.227 pessoas foram registradas, e pelo Mediterrâneo Oriental, com 54.989 registros. Apenas em outubro, 20.819 migrantes foram registrados pela Frontex.
Apesar dos altos números, o Mediterrâneo Central está entre as rotas que apresentaram queda nas detecções em 2024, em comparação com 2023, com uma queda de 62% nos registros, junto à rota dos Balcãs Ocidentais, que teve uma queda de 80% nas detecções, e do Mediterrâneo Ocidental, com 5% a menos. Entre as rotas com maiores quedas, as principais nacionalidades registradas são Bangladesh, Síria, Tunísia, Turquia, Afeganistão, Algéria, Marrocos e Mali.
Entre as rotas que apresentaram aumento nas detecções de entrada na UE, estão as Fronteiras Terrestres Orientais, com 195% a mais que em 2023, o Mediterrâneo Oriental, com 14%, e a rota da África Ocidental, até as Ilhas Canárias, com 14%. Entre essas rotas, os principais países de origem são Ucrânia, Somália, Eritréia, Mali, Senegal, Marrocos, Afeganistão e Egito.
De acordo com dados do projeto Migrantes Desaparecidos, da Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 2.788 migrantes morreram ou desapareceram em rotas migratórias até a Europa. Desse total, 1.714 registros aconteceram no Mar Mediterrâneo, onde foram registradas 30.618 mortes e desaparecimentos de migrantes desde 2014.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação