Pelo menos 6,5 milhões de migrantes da Venezuela vivem em 17 países da América Latina e Caribe
Segundo o relatório Global Trends do ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados, do ano de 2022, no ano passado pelo menos 264.000 venezuelanos solicitaram asilo em países das Américas. De acordo com a Plataforma Regional de Coordenação Interagencial para Refugiados e Migrantes da Venezuela (R4V), há pelo menos 7,7 milhões de migrantes e refugiados da Venezuela em todo o mundo.
O total de venezuelanos que buscaram asilo nas Américas em 2022, de acordo com o Global Trends, é quase três vezes maior que durante o ano de 2021, quando foram registradas 92.400 novas solicitações de asilo de pessoas da Venezuela na região.
Dos mais de 7,7 milhões migrantes e refugiados venezuelanos no mundo, mais de 6,5 milhões estão espalhados em 17 países da América Latina e Caribe. Desses, segundo um relatório sobre os migrantes e refugiados venezuelanos da R4V divulgado em agosto, 2,89 milhões estão na Colômbia, 1,54 milhão no Peru, 477,5 mil no Brasil, 474,9 mil no Equador e 444,4 mil no Chile.
Segundo o relatório da R4V, o Brasil apresentou um aumento no número de entradas de venezuelanos nos três primeiros meses de 2023, totalizando 51,8 mil chegadas. “O mês de março registrou o maior número mensal de entradas regulares desde a flexibilização das restrições fronteiriças de junho de 2021, com um total de 17,5 mil entradas”, afirma o documento.
Dados da R4V mostram que, até 24 de janeiro de 2023, 53.307 venezuelanos haviam sido reconhecidos como refugiados no Brasil. Além desses, em 24 de julho, 402.571 pessoas da Venezuela possuíam autorização de residência no país, que, segundo os dados da plataforma, abrigava 477.493 migrantes e refugiados venezuelanos.
Segundo o Global Trends, além dos venezuelanos, solicitações de asilo de pessoas de outras nacionalidades das Américas também aumentaram em 2022, em comparação a 2021. No ano passado, 217,800 novas solicitações de refúgio de nacionais de outros países americanos foram registradas na região, principalmente nos Estados Unidos, Costa Rica e México.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação