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Mais de 28 mil migrantes morreram ou desapareceram em naufrágios no Mediterrâneo desde 2014
No sábado, 16, pelo menos 61 migrantes morreram em um naufrágio no Mar Mediterrâneo, na costa da Líbia. Em comunicado, a Diretora Geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Amy Pope, afirmou que a tragédia “é mais uma prova convincente dos riscos que as pessoas correrão para melhorar as suas vidas.”
Pope afirmou que o naufrágio na Líbia “é mais do que doloroso” e que “nenhum ser humano deveria passar pelo que eles passaram”, reiterando a “obrigação coletiva” para encontrar caminhos seguros e eficazes para os migrantes, evitando que mais tragédias aconteçam.
De acordo com o projeto Missing Migrants da OIM, que monitora migrantes mortos e desaparecidos em rotas migratórias de todo o mundo, pelo menos 2.571 pessoas morreram ao tentar atravessar o Mar Mediterrâneo até a Europa em 2023, tornando esse o ano mais mortal da região desde 2017, quando haviam sido registradas 3.139 mortes ou desaparecimentos.
Entre os principais incidentes ocorridos no Mediterrâneo em 2023, a OIM destaca o naufrágio de um barco de pesca que transportava migrantes ao largo da costa da Grécia em junho, que deixou 86 mortos e 510 desaparecidos.
Desde 2014, a OIM registrou 28.320 mortes no Mar Mediterrâneo, número que pode ser “uma subestimação do verdadeiro número de vidas perdidas no Mediterrâneo”, segundo a organização, devido aos naufrágios invisíveis, como são chamados casos em que os barcos são dados como desaparecidos, mas não há registro de sobreviventes, restos mortais ou operações de busca e resgate.
No total, pelo menos 6.134 migrantes morreram ou desapareceram em rotas migratórias em todo o mundo em 2023, sendo a maioria no Mar Mediterrâneo, segundo a OIM. Em seguida, vem as rotas da África, com 1.699 registros, e as rotas das Américas, com 1.139.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação