UNEA é a Assembleia das Nações Unidas para o Ambiente, que acontece a cada dois anos
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) pediu em comunicado divulgado na segunda-feira, 26, por mais atenção para a migração induzida pelo clima. Entre 26 de fevereiro e 1º de março acontece em Nairóbi, no Quênia, a sexta Assembleia das Nações Unidas para o Ambiente (UNEA).
“Enquanto líderes e decisores se reúnem na UNEA para definir a agenda ambiental global, não esqueçamos a situação daqueles que são forçados a deslocar-se devido a fatores climáticos e ambientais”, disse o Chefe de Gabinete da OIM, Mohammed Abdiker.
De acordo com a OIM, até 2050, pelo menos 216 milhões de pessoas podem se tornar migrantes climáticos deslocados internamente em seus países. “Com ações concretas, coletivas e oportunas, esse número poderia ser reduzido em 80%”, afirma o comunicado da OIM, que destaca que, em 2022, foram registrados cerca de 32 milhões de novos deslocamentos internos devido questões climáticas.
O texto sublinha, ainda, que nenhuma região está imune aos impactos das alterações climáticas, que podem ser sentidos direta ou indiretamente. “Os países menos desenvolvidos, que menos contribuíram para a sua causa, são ainda mais impactados.
A UNEA foi criada para ser uma espécie de “parlamento mundial sobre o meio ambiente” e se reúne a cada dois anos para definir prioridades para as políticas ambientais e desenvolver a legislação internacional sobre o tema.
A OIM ressalta, ainda, que, uma vez que a UNEA deste ano foca no multilateralismo para combater as alterações climáticas, “é fundamental reconhecer a migração climática como uma tendência crescente e uma estratégia de adaptação, e garantir que aqueles que são forçados a deslocar-se sejam protegidos.”
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação