Maioria dos que deixaram o país foram para Egito e Chade
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), quase 3 milhões de pessoas, entre deslocados internos e migrantes internacionais, estão deslocadas após três meses do início dos conflitos no Sudão.
De acordo com a OIM, do total de pessoas deslocadas, pelo menos 2,2 milhões são deslocados internos e cerca de 700.000 fugiram para países vizinhos. A maioria fugiu dos estados de Cartum (67%) e Darfur (33%).
Dos países vizinhos, Egito e Chade são os que mais recebem deslocados do Sudão. Segundo dados da OIM, das quase 700.000 pessoas que deixaram o país, 65% são sudanesas e 35% são pessoas retornadas e nacionais de outros países.
Desde abril, os conflitos derivados pela luta pelo controle do Sudão entre as Forças Armadas do Sudão, sob o comando do general Abdel Fatah al-Burhan, e unidades paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR), comandadas pelo vice-presidente do Conselho Soberano, Mohamed Hamdan Dagalo, têm feito centenas de mortos.
Na quarta-feira, 13 de julho, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou a descoberta de uma vala comum com 87 pessoas da etnia Masalita, que teriam sido mortos entre 13 e 21 de junho por grupos paramilitares e seus aliados.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação