Singapura acolhe cerca de 300 mil trabalhadores migrantes
Em seu discurso durante o encontro com as autoridades, a sociedade civil e com o corpo diplomático em Singapura, nesta quinta-feira, 12, o Papa Francisco exortou a manter a proteção à dignidade dos trabalhadores migrantes. O Pontífice iniciou sua visita ao país na quarta-feira, 11, na última etapa de sua 45ª Viagem Apostólica Internacional, que passou, também, pela Indonésia, por Papua Nova Guiné e por Timor-Leste.
O Papa expressou seu reconhecimento às diversas políticas e iniciativas postas em prática pelo país para apoiar os mais frágeis e exortou para proteger a dignidade dos trabalhadores migrantes, “que tanto contribuem para a construção da sociedade e a quem deve ser garantido um salário justo”. Ele pediu, ainda, que seja dada “especial atenção aos pobres e aos idosos cujo trabalho lançou as bases da Singapura de hoje.”
De acordo com a VOA News, Singapura acolhe atualmente cerca de 300 mil trabalhadores migrantes, principalmente de Bangladesh, da Índia e da China, a maioria enfrentando salários baixos apesar de suas jornadas de trabalho pesadas.
Durante seu discurso, o Papa Francisco destacou, ainda, a importância da justiça social, inclusão e diálogo inter-religioso, elogiando o progresso do país em áreas como habitação, educação e saúde e alertando sobre os perigos da exclusão. Ele ressaltou, também, o papel de Singapura no multilateralismo e sustentabilidade, incentivando a liderança ambiental e o trabalho pela fraternidade global.
“Singapura é um mosaico de etnias, culturas e religiões que vivem em harmonia. É muito importante esta palavra: harmonia”, disse Francisco, que destacou que essa inclusão positiva é promovida pela imparcialidade das autoridades e pelo diálogo construtivo, permitindo a contribuição de todos para o bem comum.
O Papa Francisco iniciou em 2 de setembro a sua 45ª Viagem Apostólica Internacional à Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura, que terminará na sexta-feira, 13. Durante a viagem, ele se encontrou com autoridades dos países, jovens, crianças, missionários, membros do clero e com a sociedade civil.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação