Papa ainda pediu pelo fim dos conflitos na Ucrânia, Síria, Terra Santa e em outras partes do mundo
No domingo, 25, ao entregar a Mensagem de Natal e Bênção Urbi et Orbi, o Papa Francisco pediu que o mundo se lembre dos refugiados e deslocados “que batem à nossa porta à procura de conforto, calor e alimento”. O Pontífice ainda exortou a todos que “vençamos o torpor do sono espiritual e as falsas imagens da festa que fazem esquecer Quem é o Festejado”, para contemplar o verdadeiro significado do Natal.
Queridos irmãos e irmãs, hoje como há dois mil anos Jesus, a luz verdadeira, vem a um mundo achacado de indiferença – uma doença feia -, indiferença que não O acolhe (cf. Jo 1, 11); antes, rejeita-O como acontece a muitos estrangeiros, ou ignora-O como fazemos nós muitas vezes com os pobres. Hoje não nos esqueçamos dos numerosos deslocados e refugiados que batem à nossa porta à procura de conforto, calor e alimento. Não nos esqueçamos dos marginalizados, das pessoas sós, dos órfãos e dos idosos que correm o risco de acabar descartados, dos presos que olhamos apenas sob o prisma dos seus erros e não como seres humanos.
O Santo Padre destacou, ainda, a tristeza de que, enquanto nos é dado o Príncipe da paz, ventos de guerra continuam a soprar, gelados, sobre todo o mundo. Ele pediu que, para contemplar o verdadeiro Natal, voltemos o olhar para “todas aquelas crianças que, em todo o mundo, anseiam pela paz”.
Francisco lembrou a guerra na Ucrânia, que já causou 7,8 milhões de refugiados na Europa, pedindo que lembremos de nossos irmãos e irmãs ucranianos que vivem este Natal na escuridão, no frio ou longe de suas casas, devido à destruição causada pela guerra, que já dura dez meses. “O Senhor nos torne disponíveis e prontos para gestos concretos de solidariedade a fim de ajudar todos os que sofrem, e ilumine as mentes de quantos têm o poder de fazer calar as armas e pôr fim imediato a esta guerra insensata!”, pediu o Papa.
O Pontífice ainda lembrou dos conflitos na Síria, “ainda martirizada por um conflito que passou para segundo plano, mas não terminou”, e na Terra Santa, “onde nos últimos meses aumentaram as violências e os confrontos, com mortos e feridos”. Francisco exortou a todos que peçamos ao Senhor para que, “na terra que O viu nascer”, seja retomado o diálogo e a confiança mútua entre israelenses e palestinos.
Francisco ainda lembrou das comunidades cristãs do Oriente Médio, pedindo que se possa viver, nesses países, “a beleza da convivência fraterna entre pessoas que pertencem a crenças diferentes”. Ele ainda suplicou a Deus que possa ajudar o Líbano, que enfrenta uma grave crise, “para que possa, finalmente, erguer-se com o apoio da Comunidade Internacional e com a força da fraternidade e da solidariedade”.
O Santo Padre ainda lembrou dos conflitos no Sahel, Iêmen, Mianmar e Irã, pedindo que a luz de Cristo ilumine a região do Sahel, onde a convivência pacífica entre povos e tradições é dificultada pela violência e “encaminhe para uma trégua duradoura no Iêmen e para a reconciliação no Mianmar e no Irã, para que cesse completamente o derramamento de sangue”.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual