Foi divulgada nessa terça-feira, 19, a Mensagem do Papa Francisco para o 61º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que tem como título “Chamados a semear a esperança e a construir a paz”. O Dia Mundial de Oração pelas Vocações será celebrado em 21 de abril, no IV Domingo de Páscoa.
No texto, Francisco convida os fiéis a refletir sobre o chamado que o Senhor faz a cada um, “pois dá-nos a possibilidade de tomar parte no seu projeto de amor e encarnar a beleza do Evangelho nos diferentes estados de vida”. Ele destaca, ainda, que atender ao chamado de Deus, antes de ser um dever imposto, é o “modo mais seguro” de alimentar o desejo de felicidade que trazemos conosco.
O Pontífice destaca que o Dia Mundial de Oração é “uma boa ocasião para recordar, com gratidão, diante do Senhor o compromisso fiel, cotidiano e muitas vezes escondido daqueles que abraçam uma vocação que envolve toda a sua vida”. Francisco recorda, em especial, os pais e mães, que cuidam de suas famílias com “amor e gratuidade”, os trabalhadores dedicados ao bem comum, nas pessoas consagradas, que oferecem suas vidas ao Senhor, e os sacerdotes, que repartem sua vida pelos irmãos.
O Papa se dirige, ainda, aos jovens, “especialmente a quantos se sentem distantes ou olham a Igreja com desconfiança”, aos quais convida a se deixar fascinar por Jesus e fazer a Ele seus questionamentos através do Evangelho. “Deixai-vos desinquietar pela sua presença que sempre nos coloca, de forma benfazeja, em crise. Ele respeita mais do que ninguém a nossa liberdade”, afirma.
Francisco lembrou a celebração do Ano Jubilar de 2025, para o qual somos conduzimos como peregrinos da esperança, para que possamos ser testemunhas do sonho de Jesus, de “formar uma só família, unida no amor de Deus e interligada pelo vínculo da caridade, da partilha e da fraternidade.”
No texto, o Papa recorda que o ano de 2024 é dedicado à oração em preparação ao Jubileu e que, por isso, “somos chamados a descobrir o dom inestimável de poder dialogar com o Senhor, de coração a coração, tornando-nos assim peregrinos de esperança”, pois a oração é a força que faz a esperança crescer.
Francisco destaca que o sentido da peregrinação cristã é estar em caminho à descoberta do amor de Deus e, ao mesmo tempo “à descoberta de nós mesmos, através duma viagem interior, mas sempre estimulados pela multiplicidade das relações”. Portanto, somos peregrinos pois somos chamados a amar a Deus e, ao mesmo tempo, a amar uns aos outros, que faz com que nosso caminho na terra não seja em vão, mas uma busca a responder o chamado do Pai para realizar os passos “rumo a um mundo novo, onde se viva em paz, na justiça e no amor.”
O Papa finaliza exortando os fiéis a sair do sono da indiferença, para que cada um possa “descobrir a própria vocação na Igreja e no mundo e tornar-se peregrino de esperança e artífice de paz”. Francisco convida a se comprometer no cuidado amoroso daqueles que vivem ao nosso lado, encorajando os fiéis a se envolver, colocando-se a caminho “como peregrinos de esperança”, para que, assim como fez Maria com Santa Isabel “possamos comunicar boas-novas de alegria, gerar vida nova e ser artesãos de fraternidade e de paz.”
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação