Alemanha foi o país da UE com maior número de pedidos de asilo em 2023
De acordo com comunicado da Agência na União Europeia para o Asilo (EUAA, na sigla em inglês) publicado nesta quarta-feira, 28, os pedidos de asilo na UE superaram 1,14 milhão em 2023, o maior número já registrado desde 2016, quando 1,19 milhão de solicitações foram registradas.
No total, os países da UE receberam 1.142.618 pedidos de asilo em 2023, um aumento de 18% em comparação a 2022, quando 966.107 solicitações foram registradas no bloco. A Alemanha, que recebeu 334.109 solicitações, o equivalente a 29% do total, foi o país com maior número de registros no ano passado.
Além disso, a França recebeu 167.002 solicitações, seguida da Espanha, com 162.439, e da Itália, com 136.138 pedidos de asilo. Juntos, Alemanha, França, Espanha e Itália receberam mais de dois terços do total de candidaturas apresentadas no ano passado.
Sírios são maioria dos solicitantes de asilo
Em 2023, os sírios apresentaram cerca de 181 mil solicitações, um aumento de 38% em relação a 2022, mas menos da metade dos pedidos apresentados por essa nacionalidade em 2015, quando 1,3 milhão de pedidos de asilo foram apresentados aos países da UE, no auge da crise migratória que atingiu a Europa.
Além disso, o comunicado demonstra que os afegãos, o segundo maior grupo de solicitantes, com 114 mil pedidos, apresentaram 11% menos pedidos que em 2022, sendo uma das poucas nacionalidades importantes a reduzir as solicitações no ano passado.
Além disso, os cidadãos turcos apresentaram 101 mil pedidos no ano passado, 82% a mais que em 2022. De acordo com a EUAA, cerca de um quinto de todos os pedidos foram apresentados por nacionais com acesso isento de visto ao espaço Schengen, entre eles 68 mil venezuelanos e 63 mil colombianos.
De acordo com a EUAA, algumas cidadanias apresentaram a maior parte de suas solicitações em um único país do bloco. Entre elas estão os venezuelanos e colombianos, que apresentaram mais de 80% dos seus pedidos na Espanha; os egípcios, que apresentam quase 70% dos seus pedidos na Itália; e os afegãos, sírios e turcos, que apresentam a maior parte dos seus pedidos na Alemanha.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação