Pelo menos 4.850 migrantes morreram em 2023, mais de 2.400 só no Mediterrâneo
Nesta quarta-feira, 25, o Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do 8º Festival da Migração, que acontece em várias cidades da Emília Romagna até o dia 28. Na mensagem, Francisco encorajou os participantes a “desenvolver propostas concretas para promover a migração regular e segura.”
O Festival, que em 2023 tem como tema “Livres para partir, livres para ficar”, retoma o tema da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado deste ano, e reflete sobre os fluxos migratórios atuais “através de considerações que vão além da emergência”, afirma o Papa, “na consciência de que estamos perante um fenômeno multifacetado, complexo, global e de longo prazo.”
Francisco ressaltou a necessidade de combater de forma eficiente e cooperada “as redes criminosas que especulam sobre os sonhos dos migrantes. Mas é igualmente necessário indicar estradas mais seguras. Por isso, devemos nos comprometer com a ampliação de canais migratórios regulares.”
Além disso, o Pontífice destacou a necessidade de se trabalhar para que todos tenham o direito a não terem que migrar, fugindo da pobreza e do medo. “Para eliminar estas causas e assim pôr fim à migração forçada, é necessário o compromisso comum de todos, cada um segundo as suas responsabilidades. Um compromisso que começa por nos perguntarmos o que podemos fazer, mas também o que devemos deixar de fazer”, afirmou Francisco.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 4.850 migrantes morreram em todo o mundo desde o início de 2023. Segundo a Organização, 2.446 morreram ou desapareceram no Mar Mediterrâneo desde o início do ano, sendo a maioria (2.166) apenas na rota do Mediterrâneo Central.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação, com informações de Vatican News