Mais de 8.600 afegãos chegaram ao Brasil desde 2021, segundo a OIM
De acordo com a Prefeitura de Guarulhos, quase 150 refugiados afegãos estão acampados no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos. De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 8,6 mil migrantes do Afeganistão já chegaram ao Brasil desde 2021
No total, 148 afegãos aguardam por acolhimento no Aeroporto Internacional de Guarulhos, segundo um levantamento feito pela Prefeitura de Guarulhos no domingo, 26. Segundo informações da Agência Brasil, alguns dos migrantes estão no local há mais de três semanas enquanto aguardam vaga em abrigos.
Segundo um relatório da OIM, divulgado em 10 de outubro, pelo menos 8.651 afegãos chegaram ao Brasil entre setembro de 2021 e setembro de 2023 através do programa de visto humanitário, dos quais 98% chegaram pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos.
De acordo com o relatório, 756 migrantes chegaram em busca de acolhimento no mês de agosto de 2023, mês que mais registrou chegadas de afegãos desde o início da emissão do visto humanitário, em 2021. A maior parte dos migrantes tem idades entre 18 e 29 anos (33%), seguida pela faixa etária dos 30 a 59 anos (31%). As crianças entre 0 e 11 anos correspondem a 25% das chegadas.
Segundo a OIM, mais de 9.300 vistos humanitários a afegãos já foram emitidos, de mais de 12.000 autorizados. Desde 2021, o Brasil reconheceu mais de 600 afegãos como refugiados.
Mudança nas regras de concessão do visto humanitário
O governo brasileiro emitiu, em 26 de setembro, uma portaria que atualiza as regras para a emissão de vistos humanitários a afegãos. As alterações entraram em vigor no dia 2 de outubro e tem validade até 31 de dezembro de 2024.
Entre as principais mudanças, está a determinação de que os afegãos que buscam visto humanitário no Brasil só poderão solicitá-lo nas embaixadas brasileiras em Teerã, no Irã, e Islamabad, no Paquistão. Além disso, a portaria determina que a concessão de novos vistos será condicional à capacidade de acolhimento no Brasil.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação