Cerca de 43,4 milhões de pessoas estão refugiadas ou em necessidade de proteção internacional
De acordo com o relatório Tendências Globais de Deslocamento 2024 do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), lançado na quinta-feira, 13, o mundo atingiu a marca de 120 milhões de pessoas deslocadas à força.
Segundo comunicado do ACNUR, nos últimos doze anos foram observados aumentos nos números globais de deslocamento forçado, sendo que o mais recente se deve “tanto às consequências de conflitos novos e existentes quanto à incapacidade de resolver crises prolongadas”. A Agência afirma que, com base nos dados atuais, de maio de 2024, o número de deslocados em todo o mundo equivale à população de um país do tamanho do México.
A publicação destaca que um dos fatores determinantes no número global de deslocados foi o conflito no Sudão, onde, até o fim de 2023, cerca de 10,8 milhões haviam sido deslocados. Além disso, conflitos ocorridos no ano passado deslocaram milhões de pessoas em Mianmar e na República Democrática do Congo, além de cerca de 1,7 milhão de pessoas na Faixa de Gaza, segundo dados da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA).
De acordo com os dados do ACNUR, no final de 2023, cerca de 68.3 milhões de pessoas estavam internamente deslocadas em seus países, um aumento de 50% em cinco anos. Ainda, o documento aponta que o número de refugiados e outras pessoas que necessitam de proteção internacional subiu para 43,4 milhões, considerando aqueles sob os mandatos do ACNUR e da UNRWA.
Os dados do relatório apontam que pelo menos 73% do total de refugiados é originário de apenas cinco países e 87% de apenas dez países, sendo a maioria do Afeganistão (6,4 milhões). Em seguida vem os refugiados da Síria (6.4 milhões), Venezuela (6.1 milhões), Ucrânia (6 milhões) e Sudão (1.5 milhão).
O relatório Tendências Globais de Deslocamentos 2024, em inglês, pode ser acessado na íntegra através do link: https://www.unhcr.org/global-trends-report-2023
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação, com informações do ACNUR