Número já supera os mais de 105 mil migrantes que desembarcaram na Itália em 2022
A ilha italiana de Lampedusa recebeu, entre segunda-feira, 11, e sexta-feira, 15, cerca de 10 mil migrantes, elevando o total de chegadas à Itália pelo Mediterrâneo Central a 125 mil pessoas. Segundo a OIM, mais de 2 mil migrantes já morreram na região desde janeiro.
A casa de acolhida de Lampedusa atualmente tem capacidade para atender 600 pessoas e havia sido esvaziada recentemente após transferências de migrantes para outras regiões da Itália, mas agora luta para atender a todos os que chegam.
Segundo a Cruz Vermelha Italiana (CRI), nessa sexta-feira, 15, pelo menos 3.800 migrantes ainda estão em Lampedusa. “Cerca de 700 transferências foram realizadas esta manhã e um total de mais de 2.500 pessoas deverão deixar o hotspot hoje”, disse o presidente da CRI, Rosario Valastro. Na quinta-feira, 14, a organização distribuiu 10 mil refeições no local.
Na madrugada de quarta-feira, 13, uma bebê de cinco meses morreu ao cair no mar durante uma complexa operação de desembarque. No total, 2.078 migrantes morreram no Mediterrâneo Central desde janeiro, um aumento de cerca de 46% em relação a 2022, quando foram registradas 1.417 mortes ou desaparecimentos na região.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), 105.131 migrantes chegaram à Itália pelo Mediterrâneo Central em todo o ano de 2022. Caso os números continuem a aumentar, 2023 pode superar os mais de 181 mil migrantes que chegaram ao país em 2016, o maior número já registrado. Naquele ano, 4.578 pessoas morreram ou desapareceram no Mediterrâneo.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação