Travessia da fronteira entre EUA e México é considerada a rota migratória terrestre mais mortal do mundo
No domingo, 1º de outubro, um acidente de trânsito no México causou a morte de 10 migrantes cubanas no estado de Chiapas, enquanto seguiam rumo aos Estados Unidos. De acordo com o Instituto Nacional de Migração (INM) do México, o motorista do veículo fugiu do local.
Segundo o INM, 27 migrantes de Cuba viajavam na carroceria de um caminhão de maneira irregular quando o motorista, que dirigia em alta velocidade, perdeu o controle do veículo e capotou, causando a morte de 10 mulheres, entre elas uma menor de idade.
As outras 17 pessoas que viajavam no caminhão ficaram gravemente feridas, sendo que, de acordo com o INM, 16 foram transferidas para o Hospital da Cidade de Pijijiapan e uma pessoa foi encaminhada para o Hospital do município de Huixtla. Além disso, está em andamento a transferência de dois menores para o Hospital Pediátrico de Tuxtla Gutiérrez.
Na sexta-feira, 29 de setembro, um migrante do Equador morreu e outros oito da Colômbia e dois da Guatemala ficaram feridos em um acidente de trânsito no estado de Baja California, enquanto eram levados por uma equipe do INM até um escritório administrativo do Instituto para realizar procedimentos migratórios.
Na quinta-feira, 28 de setembro, dois migrantes de nacionalidade desconhecida morreram no capotamento do caminhão em que eram transportados junto a outras 50 pessoas de diversas nacionalidades. Pelo menos 27 pessoas, sendo 24 da Guatemala, uma do Equador, uma da Venezuela e uma de nacionalidade não identificada, precisaram ser levadas a hospitais.
Fronteira terrestre mais mortal do mundo
Um relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM), apontou a fronteira entre Estados Unidos e México como sendo a rota migratória terrestre mais mortal do mundo para migrantes.
Segundo dados do projeto Missing Migrants, da OIM, em 2022 foram registrados 686 migrantes moros ou desaparecidos na fronteira entre EUA e México. Em 2023, pelo menos 344 migrantes já morreram ou desapareceram na região.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação