A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta quinta-feira, 07, o cartaz da Campanha da Fraternidade 2026, que terá como tema “Fraternidade e Moradia” e lema “Ele veio morar entre nós” (Jo 1,14). Segundo a CNBB, a CF 2026 procura despertar a consciência sobre o direito à moradia digna como expressão concreta da fé cristã.
De acordo com o assessor do Setor de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul Hansen, a escolha do tema foi motivada por um pedido da Pastoral da Moradia e Favelas. Segundo ele, em entrevista à CNBB, o lema “é uma referência ao mistério da encarnação. Deus veio morar entre nós e é no mistério da encarnação que se fundamenta a dimensão social da nossa fé.”
À CNBB, o padre Jean destacou que a realidade social brasileira sempre é levada em consideração quando os bispos escolhem o tema e o lema de uma Campanha da Fraternidade, que são decididos com 2 anos de antecedência. Ele recordou que o Brasil atualmente vive um déficit habitacional de 6 milhões de moradias, ao que se soma o déficit de 26 milhões de habitações inadequadas (sem saneamento básico, superlotadas ou precárias). “Essa realidade do Brasil está, também, na gênese dessa Campanha da Fraternidade”, afirmou.
O cartaz da Campanha da Fraternidade 2026 traz em seu centro uma imagem de “Jesus sem-teto”, criada pelo artista católico canadense, Timothy Schmalz, em 2012. A escultura mostra um homem deitado em um banco, coberto por um cobertor, com o rosto e as mãos escondidos, mas com os pés feridos à mostra, revelando ser Jesus. Ao lado dele, há um espaço vazio, convidando quem vê a se aproximar. “Essa é a mensagem do cartaz: nessa cidade em que nós habitamos, Deus também habita, mas é preciso aproximar-se para reconhece-lo”, destacou o padre Jean.
“O ambiente quaresmal do cartaz nos convida à conversão, pois a Campanha da Fraternidade é um projeto de conversão e por isso se realiza na Quaresma”, ressaltou o padre Jean, que afirma que esse é um chamado a converter o olhar para que, ao se aproximar dos mais vulneráveis, reconheçamos neles o rosto de Cristo e “nos comprometamos com a conversão pessoal, comunitária e social.”
Do Serviço de Comunicação, com informações da CNBB