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Centro de Atendimento ao Migrante marca presença em seminário sobre migração e refúgio em Campo Grande/MS

Representando o Centro de Atendimento ao Imigrante (CAM) e a Congregação das Irmãs Scalabrinianas, o colaborador Adriano Pistorelo participou da primeira etapa do seminário sobre migração e refúgio, que ocorre de 17 a 21 de junho, que começou na cidade de Campo Grande/MS e será concluído em Corumbá/MS.

Este evento é ainda mais significativo durante a Semana do Migrante, pois descentraliza as boas práticas da congregação em âmbito nacional e destaca a importância de dar voz e ampliar os espaços de diálogo sobre migração e refúgio. Além disso, é fundamental destacar a importância do trabalho das Irmãs Scalabrinianas no estado do Mato Grosso do Sul, especialmente o trabalho significativo da Irmã Rosane da Costa Rosa, muito mencionada durante o evento, por suas décadas de dedicação e referência no acolhimento aos imigrantes.

Nosso objetivo é construir uma sociedade mais justa, solidária e inclusiva, refletindo sobre políticas públicas eficazes e sua positivação na legislação.

Na abertura do seminário do dia 18, Adriano mediou a mesa que contou com a presença de uma defensora pública federal, Daniele Osório, Maurício Miglioranzia, magistrado com atuação em Corumbá, e a professora doutora da UFSM, Ynes da Silva Félix. Foi um momento enriquecedor, no qual foi possível analisar as demandas que chegam à Defensoria Pública da União e discutir como essas questões são analisadas pelo poder judiciário local, especialmente em áreas de fronteira.

Na parte da tarde, o seminário foi conduzido no formato de oficina, abordando a regularização migratória e explorando as diversas modalidades de imigração. Participaram migrantes, agentes da Polícia Federal e a delegada local da Delegacia de Imigração (Delemig) de Campo Grande, docentes e alunos. Foram três horas de discussões intensas e produtivas, com destaque para o depoimento de um imigrante haitiano, Junel Ilora, liderança comunitária na cidade. Ele compartilhou a compreensão adquirida sobre os fluxos e processos migratórios, ressaltando a importância de um entendimento claro e inclusivo das políticas de imigração, a partir dessa oficina na capital.

Encerramos esta primeira etapa do seminário em Campo Grande com a certeza de que a troca de conhecimentos e experiências é fundamental para a construção de uma sociedade mais inclusiva. Agora, o evento segue para a segunda etapa em Corumbá, a 427 km de Campo Grande, na fronteira com a Bolívia, onde serão realizadas mais três oficinas. Esse será um momento enriquecedor para refletir sobre os direitos humanos e a dignidade das pessoas migrantes e refugiadas.

Inspirados pelo ensinamento de São João Batista Scalabrini, acreditamos que migrar é um direito humano e que a busca por esperança é um impulso legítimo e fundamental na vida de cada indivíduo.

Por Adriano Pistorelo, da Equipe de Comunicação

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