Um requerimento do senador Paulo Paim, vice-presidente da Comissão Mista sobre Migrações Internacionais e Refugiados (CMMIR) para a realização de um ciclo de debates com o tema “Os Direitos Sociais de Migrantes e Refugiados no Brasil” foi aprovado na terça-feira, 27.
Dados da 9ª edição do relatório Refúgio em Números, divulgado em junho, apontam que, em 2023, pelo menos 59 mil solicitações de refúgio foram realizadas no Brasil, de pessoas de 150 países diferentes. A maioria, no entanto, é de cidadãos da Venezuela (50,3%), Cuba (19,6%) e Angola (6,7%).
O senador Paulo Paim destacou, também, que, segundo o relatório, em 2023, o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) reconheceu cerca de 77 mil pessoas como refugiadas, sendo 44,3% crianças, adolescentes e jovens com até 18 anos.
De acordo com o relatório, o Brasil tem mais de 143 mil pessoas reconhecidas como refugiadas. Desde 2011, o país recebeu um total de 406.695 solicitações de refúgio. Em 2023, as solicitações analisadas chegaram a 138.359, um aumento de 235% em relação a 2022.
Mais de 120 milhões de deslocados à força em todo o mundo
O relatório Tendências Globais de Deslocamento 2024, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), também lançado em junho, o mundo tem pelo menos 120 milhões de pessoas deslocadas à força. Desse total, cerca de 68.3 milhões de pessoas são deslocados internos, com um aumento de 50% nos últimos cinco anos.
Os dados apontam, ainda, que 87% de apenas dez países, sendo a maioria do Afeganistão (6,4 milhões). Em seguida vem os refugiados da Síria (6.4 milhões), Venezuela (6.1 milhões), Ucrânia (6 milhões) e Sudão (1.5 milhão).
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação, com informações da Agência Senado