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Congresso de Espiritualidade Scalabriniana encerra suas atividades e renova compromisso com carisma do Fundador

Na quinta-feira, 26 de junho, foi realizado o terceiro e último dia de conferências do Congresso de Espiritualidade Scalabriniana, sediado no Seminário São João XXIII, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. O evento, promovido de 23 a 26 de junho, teve como tema “Scalabrini, modelo de vida espiritual na missão”.

A pátria-mundo na espiritualidade de Scalabrini
A conferência de encerramento foi conduzida pela Ir. Maria do Carmo dos Santos Gonçalves, MSCS, que abordou a noção de “pátria-mundo” a partir da espiritualidade de São João Batista Scalabrini. A reflexão destacou como a ideia de pátria, presente nos escritos do fundador, carrega implicações éticas e pastorais ligadas à integralidade humana.

A conferencista retomou a fala proferida por Scalabrini no 16º Congresso Católico Italiano, em Ferrara (1899), quando o Santo Fundador relacionou fé, migração, desenvolvimento humano e noção de pertença. Ir. Maria do Carmo apontou que Scalabrini via a migração como dimensão constitutiva da humanidade e chave na formação das civilizações. Para ele, a pátria compreendia aspectos políticos, sociais, culturais e religiosos, e sua visão amadureceu ao longo da vida.

A reflexão também abordou três eixos que influenciaram a concepção de pátria em Scalabrini: o Risorgimento, que influenciou sua perspectiva nacional; a modernidade, que provocou tensões entre Igreja e Estado; e a experiência migratória, que ampliou o conceito de pátria para incluir os emigrados, muitas vezes ignorados por Estado e Igreja.

Ir. Maria do Carmo destacou ainda a articulação, em Scalabrini, entre lei natural e providência divina, bem como seu uso da estatística — uma inovação à época — para dimensionar o fenômeno migratório e orientar a ação eclesial. A religiosa enfatizou que Scalabrini reconhecia tanto os aspectos positivos quanto os desafios da migração.

Síntese do Congresso
Pe. Alfredo Gonçalves, CS, apresentou uma síntese do Congresso destacando a origem da cultura Scalabriniana, centrada em Cristo e em Scalabrini como fonte do carisma. O Sacerdote também refletiu sobre a evolução histórica do carisma nas diversas expressões da Família Scalabriniana. Além disso, retomou o símbolo da estação ferroviária de Milão como inspiração pastoral de Scalabrini e a necessidade de ler os sinais dos tempos. Ao longo de seu discurso, Pe. Alfredo defendeu o diálogo como forma de recriar a inspiração Scalabriniana no presente. Por fim, refletiu sobre o lema do Congresso “Eu vim para reunir todos os povos” e afirmou que os migrantes são protagonistas das transformações sociais.

Encerramento
O Congresso foi concluído com a Celebração Eucarística na Paróquia São João Batista Precursor e São João Batista Scalabrini, presidida pelo Superior Regional da Região Nossa Senhora Mãe dos Migrantes, Pe. Alexandre De Nardi Biolchi. Após a Santa Missa, os participantes visitaram o túmulo do Venerável Pe. José Marchetti, cofundador das Missionárias de São Carlos Borromeu – Scalabrinianas.

Um momento de confraternização encerrou as atividades do evento, que teve suas conferências transmitidas virtualmente para outros locais.

Texto: Equipe de Comunicação do Congresso de Espiritualidade Scalabriniana 2025
Fotos: Congresso de Espiritualidade Scalabriniana 2025.

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