As pessoas fugiram para o Malawi após a tempestade Ana, em janeiro, vítimas das inundações
Pelo menos 2.500 deslocados moçambicanos no Malawi pedem por ajuda alimentar urgente, segundo confirma o cônsul de Moçambique em Blantyre, André Matusse à VOA. As pessoas estão deslocadas do país após a passagem da tempestade tropical Ana, em janeiro desse ano, que deixou um rastro de destruição.
Vindos de locais como Morrumbala, na Zambézia, e Mutarara, em Tete, os cidadãos foram vítimas das inundações de janeiro, que mataram 18 pessoas em Moçambique. Os deslocados afirmam que estão abandonados, segundo informações da VOA.
No entanto, por não preencherem os requisitos previstos na convenção de Genebra, os deslocados não podem ser considerados refugiados, uma vez que não fugiram por causa da guerra ou violência, o que dificulta o atendimento à população, afirma Alberto de Deus, advogado que já trabalhou em causas humanitárias.
O advogado, no entanto, afirma que Moçambique não deve abandonar os cidadãos que “clamam por apoio no país vizinho”. Por sua vez, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGD), de Moçambique, diz-se impossibilitado de prestar a assistência humanitária, segundo o porta-voz Paulo Tomás.