Foto: Jornada Mundial da Juventude – Lisboa 2023
1,5 milhão de peregrinos são esperados durante a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa
A organização da Jornada Mundial da Juventude que começa amanhã, 1º de agosto, em Lisboa, Portugal, espera que 1,5 milhão de pessoas participem nos seis dias de atividades. Na semana que antecedeu a Jornada Mundial da Juventude, de 26 a 31 de junho, cerca de 67.6 mil peregrinos participaram dos Dias nas Dioceses, onde puderam conhecer mais da Igreja local.
Com o tema “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39), a JMJ convida os jovens de todo o mundo a se identificarem com Maria, dispondo-se ao serviço, à missão e à transformação do mundo.
De acordo com a organização da JMJ Lisboa, da Europa, são esperados peregrinos da Espanha, França, Itália, Polônia, Alemanha, Estnia, Bélgica, Lituânia, Luxemburgo, Grécia, Reino Unido e da Escócia. Além disso, se dá destaque aos países lusófonos: Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau, Brasil e Timor-Leste. Da América, Ásia e Oceania, a organização destaca os peregrinos da China, Arábia Saudita, Jamaica, Mauritânia e Polinésia francesa.
Prepare-se para a JMJ Lisboa 2023 com algumas curiosidades sobre o evento.
O que é a JMJ
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é um encontro dos jovens de todo o mundo com o Papa. É, simultaneamente, uma peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da Igreja universal e um momento forte de evangelização do mundo juvenil. Apresenta-se como um convite a uma geração determinada em construir um mundo mais justo e solidário. Com uma identidade claramente católica, é aberta a todos, quer estejam mais próximos ou mais distantes da Igreja.
Desde a primeira edição, que se realizou na cidade de Roma em 1986, a Jornada Mundial da Juventude tem-se evidenciado como um laboratório de fé, um lugar de nascimento de vocações ao matrimónio e à vida Consagrada e um instrumento de evangelização e transformação da Igreja.
Visa proporcionar a todos os participantes uma experiência de Igreja universal, fomentando o encontro pessoal com Jesus Cristo. É um novo impulso à fé, à esperança e à caridade de toda a comunidade do país de acolhimento. Tendo os jovens como protagonistas, a Jornada Mundial da Juventude procura também promover a paz, a união e a fraternidade entre os povos e as nações de todo o mundo
Símbolos da JMJ
A Jornada Mundial da Juventude conta com dois símbolos que a acompanham e representam: a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani. Nos meses que antecedem cada JMJ, os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem.
A recepção e o acolhimento dos símbolos têm dado muitos frutos um pouco por todo o mundo. Em África, estes dois símbolos instaram os jovens a converterem-se numa geração não-violenta, encabeçaram várias marchas pela paz e foram tocados por milhares, que os saudaram também com os trajes típicos dos seus países. Ajudaram ainda a levar reconciliação onde havia tensão, como em Timor-Leste.
A Cruz Peregrina
Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países. Tem sido encarada como um verdadeiro sinal de fé.
Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis.
Tem-se afirmado como um sinal de esperança em locais particularmente sensíveis. Em 1985, esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa. Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3000 pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil.
O ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani
Desde 2003 que a cruz peregrina conta com a companhia do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços.
Este ícone foi introduzido ainda pelo Papa João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens. Com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália. É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes.
O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica.
Voluntariado JMJ: uma experiência para todas as gerações
Desde a sua primeira edição, em 1986, que a Jornada Mundial da Juventude se constrói com a colaboração de milhares de voluntários. Uma das maiores belezas deste encontro com o Papa é o dom do trabalho e do tempo de tantos jovens que, gratuitamente, dão aos outros a oportunidade de participar numa experiência única.
Um voluntário é alguém consciente de ter uma missão. Existe algo por quem vale a pena oferecer-se. É essa oferta, livre e generosa, que dá ao voluntário a alegria e a consolação de saber que faz a sua parte neste mundo do qual todos somos responsáveis.
Na JMJ Lisboa 2023 o Voluntário vive na primeira pessoa o tema desta Jornada: Maria levantou-se e partiu apressadamente. Querer servir o outro renunciando a algumas coisas pessoais, pela alegria que se encontra no serviço.
Da Equipe de Comunicação, com informações da Jornada Mundial da Juventude – Lisboa 2023