Foto: Divulgação ACNUR
A capacitação visa promover o desenvolvimento integral dos estudantes de outras nacionalidades que vivem no Brasil
O Ministério da Educação (MEC) lançou, na quinta-feira, 9, a “Formação de Professores para Acolhimento de Imigrantes e Refugiados”, com o objetivo de proporcionar aos docentes oportunidades de conhecer e aprofundar os conhecimentos em relação à inserção das pessoas refugiadas e imigrantes ao ambiente escolar no Brasil.
A capacitação é uma iniciativa da Secretaria de Educação Básica (SEB), por meio da Diretoria de Formação Docente e Valorização dos Profissionais da Educação, e terá carga de 80 horas, dividida em dois módulos, com conteúdo prático e teórico, que vai subsidiar a elaboração do material didático, pedagógico e literário de apoio à prática educativa para promover o desenvolvimento integral dos estudantes.
A formação visa possibilitar o contato dos professores com aspectos históricos, sociais, políticos e educacionais que estão inseridos na questão dos refugiados, fazendo uso de didáticas que auxiliem no acolhimento dos alunos de outras nacionalidades nas escolas brasileiras. Bernardo Lafaerte, coordenador-geral do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), ressalta a importância de políticas para a temática de migração e refúgio no país. “Trabalhar em conjunto, não apenas no âmbito dos ministérios como também frente à sociedade brasileira, é o ponto alto de iniciativas como essa e que visam o acolhimento dessa população no nosso país”, disse o representante do Conare.
De acordo com dados da Operação Acolhida, dos cerca de 717.000 venezuelanos que entraram no Brasil desde 2017, pelo menos 325.000 decidiram ficar no território brasileiro, o equivalente a 47% do total. Desses, mais de 72.000 foram interiorizados pela Operação Acolhida e hoje vivem em diversos Estados do Brasil, com moradia e trabalho.
Segundo dados da plataforma R4V, que reúne informações do sistema das Nações Unidas e do governo brasileiro, o Brasil é o quinto destino mais procurado por venezuelanos para viver. Em primeiro lugar está a Colômbia, com 1.842.390 refugiados venezuelanos; seguida pelo Peru, com 1.286.464. Equador (513.903) e Chile (448.138) ocupam a terceira e quarta posição, respectivamente.