Mundo atingiu a marca de 120 milhões de pessoas forçadas a se deslocar, segundo o ACNUR
O Papa Francisco recordou ao fim da Audiência Geral desta quarta-feira, 19, a celebração do Dia Mundial do Refugiado na quinta-feira, 20. Recentemente a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) lançou o relatório Tendências Globais de Deslocamento 2024, que apontou que existem mais de 43 milhões de refugiados no mundo.
Francisco apelou para que a data seja uma oportunidade para dirigir um olhar atento a todos os que são forçados a fugir de suas casas em busca de segurança. “Todos somos chamados a acolher, promover, acompanhar e integrar aqueles que batem às nossas portas. Rezo para que os Estados façam tudo o que estiver ao seu alcance para garantir condições humanas aos refugiados e facilitar os processos de integração”, disse o pontífice.
O Papa reforçou, ainda, seu constante apelo pela paz. “A guerra é sempre uma derrota, desde o início”, afirmou, pedindo que os fiéis rezem pela paz na Ucrânia, na Terra Santa, no Sudão, em Mianmar e em tantos outros países assolados pela guerra. “Rezemos todos os dias pela paz”, pediu.
Lançado pelo ACNUR na última quinta-feira, 13, o relatório Tendências Globais de Deslocamento 2024 aponta que o mundo atingiu a marca de 120 milhões de pessoas deslocadas à força. Segundo o documento, existem pelo menos 43,3 milhões de refugiados no mundo, sendo que 73% do total é originário de apenas cinco países, sendo eles Afeganistão (6,4 milhões), Síria (6.4 milhões), Venezuela (6.1 milhões), Ucrânia (6 milhões) e Sudão (1.5 milhão).
Apenas no Brasil, 77.193 pessoas foram reconhecidas como refugiadas em 2023, segundo dados da 9ª edição do relatório Refúgio em Números. No total, o Brasil tem 143.033 pessoas reconhecidas como refugiadas, de acordo com o documento, que aponta que, desde 2011, o país já recebeu pelo menos 406.695 solicitações de refúgio, sendo 58.628 apenas em 2023.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação