Papa Francisco pediu apoio na assistência aos migrantes aos governos da Europa e África
Após o Angelus de domingo, 23, diante de cerca de 20 mil fiéis na Praça de São Pedro, o Papa Francisco chamou a atenção para o drama vivido pelos migrantes no Norte da África. No início de julho, cerca de 1.200 migrantes foram expulsos da Tunísia para o deserto nas fronteiras com a Líbia e a Argélia.
“E agora eu gostaria de chamar a atenção para o drama que continua para os migrantes na parte norte da África. Milhares deles, em meio a sofrimentos indescritíveis, estão presos e abandonados em áreas desérticas há semanas”, disse Francisco.
O Papa apelou aos governos africanos e europeus por assistência e socorro aos migrantes presos e abandonados na região. “Que o Mediterrâneo nunca mais seja um teatro de morte e desumanidade. Que o Senhor ilumine as mentes e os corações de todos, despertando sentimentos de fraternidade, solidariedade e acolhimento”, concluiu.
Migrantes abandonados no deserto
No início de julho, cerca de 1.200 migrantes e requerentes de asilo foram abandonados pelas autoridades da Tunísia no deserto entre as fronteiras com a Líbia e a Argélia, sem água, comida ou abrigo.
A Tunísia e a Líbia estão entre os principais pontos de partida e origem de migrantes que tentam realizar a rota do Mediterrâneo Central até a Europa. Segundo dados do ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados, desde janeiro, 76.325 migrantes chegaram à Itália, grande parte tendo partido desses dois países.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação, com informações do Vatican News