459 migrantes já morreram ou desapareceram no Mediterrâneo desde o início de 2024
Pelo menos 39.304 migrantes chegaram à Europa através do Mar Mediterrâneo entre janeiro e março de 2024, de acordo com dados do ACNUR, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. O número inclui, ainda, os mais de 13 mil migrantes que chegaram à Espanha através da rota do Oceano Atlântico até as Ilhas Canárias.
Segundo os dados do ACNUR, a Espanha é o país com maior número de chegadas de migrantes, com mais de 16 mil chegadas registradas. De acordo com o Ministério do Interior da Espanha, 16.156 migrantes chegaram ao país por terra e mar, sendo 15.351 apenas por rotas marítimas. Desse total, 13.115 chegaram através do mar às Ilhas Canárias e outros 2.235 à Península e Ilhas Baleares, segundo o Ministério.
De acordo com o ACNUR, o número total de chegadas de migrantes aos países banhados pelo Mediterrâneo foi de 40.966 até o dia 31 de março, incluindo as 1.662 chegadas por terra registradas pela organização. Segundo o Ministério espanhol, 805 migrantes chegaram ao país por via terrestre, sendo 798 por Ceuta e outros 7 por Melilla.
O número de chegadas à Espanha já é recorde, em especial se comparado ao mesmo período do ano passado, quando 4.287 migrantes foram registrados no mesmo período, sendo 4.067 apenas por via marítima. No total, 56.852 migrantes chegaram à Espanha em 2023, 82% a mais que em 2022, quando 31.219 chegaram ao país.
De acordo com o projeto Missing Migrants, da Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 459 migrantes morreram ou desapareceram no Mar Mediterrâneo desde o início de 2024. Outros 115 mortos ou desaparecidos foram registrados pela Organização na rota das Ilhas Canárias desde o início do ano.
Em 2023, pelo menos 3.105 migrantes morreram no Mar Mediterrâneo, segundo a OIM, dos quais pelo menos 161 eram crianças. Pelo menos 959 mortes e desaparecimentos foram registradas no Oceano Atlântico, sendo 29 crianças.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação