Imigrantes são originários da Índia e África
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), cerca de 400 imigrantes estão retidos no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. O Ministério afirma que está articulando soluções para liberação do grupo, cuja maioria é indiana, que permanece na área de imigração do terminal à espera de providências para que possam formalizar o pedido de refúgio no Brasil.
Segundo comunicado do MPF, durante visita ao aeroporto na terça-feira, 11, foi constatada a presença de cidadãos indianos e de países africanos, sem confirmação sobre os motivos da vinda desses grupos ao Brasil. De acordo com o Ministério, os imigrantes chegaram ao país em diferentes voos nos últimos dias e estão enfrentando problemas para a liberação de entrada, entre elas falhas no Sisconare, a plataforma digital para o registro de pedidos de refúgio no país.
O MPF convocou uma reunião emergencial para esta quinta-feira, da qual devem participar representantes do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), da Polícia Federal, da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da concessionária GRU Airport e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
“A prioridade é definir as medidas necessárias para que se concluam os pedidos de refúgio o mais rápido possível. Os imigrantes estão sob condições precárias no aeroporto e precisam que as autoridades imigratórias adotem soluções com urgência”, afirmou o procurador da República Guilherme Rocha Göpfert, que esteve no terminal na terça-feira e comandará a reunião na quinta.
O Aeroporto de Guarulhos viveu, recentemente, uma crise com centenas de refugiados afegãos que chegaram ao Brasil com vistos humanitários desde agosto de 2022 e, por falta de assistência e condições para se instalar no país, passaram a acampar no local. O acampamento improvisado recebeu diversas famílias à medida que os sucessivos voos chegavam e chegou a ser desmontado após um surto de sarna.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação, com informações do MPF