De acordo com o Relatório Geral sobre Tráfico de Pessoas de 2024 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o número de vítimas do tráfico humano aumentou 25%, com a maioria das vítimas sendo mulheres e meninas. De acordo com o documento, a maioria das vítimas são mulheres e meninas.
O documento, que está em sua oitava edição, traz dados de 156 países no período de 2020-2022 e dados preliminares de 2023 fornecidos por 72 países. O relatório aponta que no período 2020-2023 pelo menos 202.478 vítimas de tráfico humano foram detectadas.
Segundo o documento, as vítimas são traficadas globalmente através de um número crescente de rotas internacionais, com vítimas africanas sendo traficadas para o maior número de destinos, com o deslocamento, insegurança e mudanças climáticas aumentando a vulnerabilidades dos africanos ao tráfico humano.
De acordo com o relatório da UNODC, em 2022 pelo menos 61% das vítimas de tráfico detectadas em todo o mundo eram mulheres. O documento aponta que 39% das detecções foram de mulheres adultas, além de 23% de homens adultos, 22% de meninas e 16% de meninos.
O documento aponta que a maioria das mulheres e meninas vítimas do tráfico humano continua a ser traficada para exploração sexual. “No entanto, as vítimas do sexo feminino também são traficadas em grande número para trabalho forçado, particularmente para trabalho doméstico, e para outros tipos de exploração, incluindo casamentos forçados e criminalidade forçada”, afirma o relatório.
Os dados do relatório apontam que em 2022 as detecções totais subiram 25% em relação às registradas em 2019 (pré-pandemia), enquanto que as detecções de vítimas infantis tiveram um aumento de 31% em relação ao mesmo período, sendo que as meninas registraram aumento de 38% e os meninos de 24%. Ainda segundo o documento, as detecções de pessoas traficadas para o trabalho forçado cresceram 47% entre 2019 e 2022.
Os dados da UNODC referentes a 2022 e períodos mais recentes, apontam que 74.785 pessoas foram vítimas de tráfico humano, sendo 38% crianças e 62% adultos, originários de 162 diferentes nacionalidades, com destino a 128 países. Do total de 436 movimentos através de fronteiras registrados desde 2022, 31% envolveram vítimas africanas, 24% do sul e leste asiático, 24% da Europa e Ásia central e 16% das Américas.
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Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação