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Em 2023, mais de 2.100 migrantes morreram ou desapareceram no Mediterrâneo ao tentar chegar à Europa
Pelo menos 30 migrantes estão desaparecidos e outros 2 morreram após o naufrágio de dois barcos no domingo, 6, próximo à ilha de Lampedusa, na Itália. De acordo com a Guarda Costeira italiana, 57 pessoas foram resgatadas com vida.
Segundo as autoridades, as vítimas recuperadas são uma mulher e uma criança. De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), sobreviventes relataram que a viagem começou em Sfax, na Tunísia, e o sul da Itália.
O primeiro barco encontrado levava 48 migrantes, sendo que 45 deles foram resgatados e outros três, dois homens e uma mulher, continuam desaparecidos. O segundo barco transportava 42 pessoas, das quais 14 foram resgatadas.
Também no último final de semana, um barco com 57 migrantes, dos quais apenas dois foram resgatados com vida, naufragou próximo às ilhas Kerkennah, na Tunísia. Até o momento, 11 corpos foram recuperados e outras 44 pessoas seguem desaparecidas.
A Tunísia é um dos principais pontos de partida de migrantes que tentam atravessar o Mar Mediterrâneo a caminho da Europa. Segundo o ACNUR (Agência da ONU para os Refugiados), mais de 90 mil migrantes já chegaram à Itália através dessa rota, considerada uma das mais mortais do mundo.
Segundo o ACNUR, pelo menos 2.134 migrantes morreram ou desapareceram ao tentar cruzar o Mediterrâneo em 2023, em dados contabilizados de 1º de janeiro até 07 de agosto. Em 2022, eram 1.280 mortos ou desaparecidos no mesmo período.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação