Mais de 1,7 milhão de pessoas estão deslocadas em Gaza e mais de 30 mil foram mortas
O Papa Francisco pediu no domingo, 3, após a oração do Angelus, que continuem as negociações para um cessar-fogo em Gaza e na região. O Pontífice recordou, ainda, o segundo Dia internacional de sensibilização para o desarmamento e a não-proliferação, celebrado em 5 de março.
“Carrego diariamente no meu coração, com dor, o sofrimento das populações da Palestina e de Israel, devido às hostilidades em curso”, disse Francisco, lembrando os mortos, feridos e os deslocados e as consequências que o conflito causa aos jovens e aos indefesos, “que veem o seu futuro comprometido”.
Cerca de 1,7 milhão de pessoas estão deslocadas dentro da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 30 mil palestinos foram mortos no enclave desde o início dos conflitos na região, em 7 de outubro.
“Digamos todos: parem, por favor! Parem!”, pediu o Papa, que encorajou a continuação das negociações para um cessar-fogo imediato em Gaza e em toda a região, “para que os reféns possam ser libertados imediatamente e regressar aos seus entes queridos que aguardam ansiosamente, e para que a população civil possa ter acesso em segurança à ajuda humanitária urgentemente necessária”, disse.
O Papa ainda recordou a população da Ucrânia, que sofre há dois anos com a guerra. “Há muito sofrimento nessa região”, afirmou Francisco.
Francisco recordou, ainda, a celebração, no dia 5 de março, do segundo Dia internacional de sensibilização para o desarmamento e a não-proliferação. Ele destacou os recursos utilizados em despesas militares, “que infelizmente continuam a aumentar devido à situação atual.”
O Papa fez, ainda, um apelo à comunidade internacional para que “compreenda que o desarmamento é, antes de mais, um dever, o desarmamento é um dever moral”, que exige coragem das nações, “para passar do equilíbrio do medo para o equilíbrio da confiança.”
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação