O mundo atingiu um total de 83,4 milhões de pessoas internamente deslocadas de acordo com o Relatório Global sobre Deslocamento Interno 2025 (GRID), lançado na segunda-feira, 13, pelo IDMC (Internal Displacement Monitoring Centre), do NRC (Norwegian Refugee Council).
Segundo o relatório, cerca de 45,8 milhões de pessoas foram internamente deslocadas por desastres ambientais em 2024 e outras 20,1 milhões por conflitos e violência, totalizando 65,8 milhões de deslocamentos. Em 2024, 29 países relataram seu maior número de deslocamentos por desastres já registrados, com 54% dos desastres sendo causados por ciclones.
O documento aponta que os Estados Unidos foram o país mais afetado por deslocamentos por desastres, com mais de 11 milhões de registros. Em seguida, vem as Filipinas, com 8,9 milhões, a Índia, com cerca de 5,4 milhões, a China, com 3,9 milhões, e Bangladesh, com 2,4 milhões.
Entre os países mais afetados por deslocamentos por conflitos e violência estão a República Democrática do Congo, com 5,3 milhões de deslocados, o Sudão, com 3,7 milhões, a Palestina, com 3,2 milhões, Mianmar, com 1,2 milhão, e o Líbano, com cerca de 1 milhão.
De acordo com o GRID, das 83,4 milhões de pessoas que estavam deslocadas internamente ao final de 2024, 73,5 milhões foram deslocadas por conflitos e violência, 10% a mais que em 2023. Dessas, 11,6 milhões estavam no Sudão, que há 2 anos sofre com a Guerra Civil entre as Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Suporte Rápido (FSR). A Síria vem em seguida, com 7,4 milhões de deslocados internos, seguida pela Colômbia, com 7,3 milhões, República Democrática do Congo (RDC), com 6,2 milhões, e pelo Iêmen, com 4,8 milhões.
O documento aponta que, das pessoas que estavam deslocadas internamente ao final do ano passado, 9,8 milhões de pessoas estavam deslocadas por desastres, um aumento de 29% em comparação com 2023. Desse total, 1,3 milhões estavam no Afeganistão, 1,2 milhões no Chade, 1 milhão nas Filipinas, 757 mil na Etiópia e 733 mil na Somália.
O Relatório Global sobre Deslocamento Interno pode ser acessado na íntegra clicando aqui.
Por Amanda Almeida, do Serviço de Comunicação