De acordo com um comunicado do ACNUR, A Agência da ONU para os Refugiados, mais de 27.000 pessoas foram deslocadas no Líbano entre 23 e 25 de setembro, devido aos ataques aéreos israelenses no país. Segundo a Agência, mais de 1,5 milhão de refugiados vivem no Líbano.
Segundo o comunicado do ACNUR, “centenas de veículos estão enfileirados na fronteira com a Síria”, além de muitas pessoas que chegam a pé. “Grandes multidões, incluindo mulheres, crianças pequenas e bebês, estão esperando na fila depois de passar a noite ao ar livre em temperaturas baixas. Alguns carregam ferimentos recentes dos bombardeios recentes”, afirma o texto.
Filippo Grandi, Alto Comissário da ONU para Refugiados, afirmou que os recentes ataques são “mais uma provação para famílias que antes fugiam da guerra na Síria e agora são bombardeadas no país onde buscavam abrigo. Devemos evitar repetir essas cenas de desespero e devastação. O Oriente Médio não pode se dar ao luxo de uma nova crise de deslocamento. Não vamos criar uma forçando mais pessoas a abandonar suas casas. Proteger vidas civis deve ser a prioridade.”
Dados do ACNUR apontam que o Líbano hospeda hoje pelo menos 1,5 milhão de refugiados da Síria e 11.411 de outras nacionalidades. Desde o início dos conflitos em Gaza, antes da última escalada nos ataques, confrontos contínuos ao longo da Linha Azul, na fronteira sul do Líbano, já haviam deslocado mais de 102.000 pessoas. Até o início dos ataques recentes, cerca de 87.000 refugiados viviam nas províncias do sul do país.
De acordo com autoridades libanesas, citadas pelo ACNUR, os últimos ataques mataram 558 pessoas e feriram outras 1.835.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação