Nessa sexta-feira, 26, a Igreja celebra a memória dos Santos Joaquim e Ana, avós de Jesus, que são considerados padroeiros dos avós e modelos de fé familiar. Nesse dia é recordado o Dia Mundial dos Avós, que será celebrado pela Igreja Católica no próximo domingo, 28, e tem como tema “Na velhice, não me abandones” (cf. Sal 71, 9).
Ao longo de seu Pontificado, em diversos momentos, o Papa Francisco tem sublinhado a importância dos idosos na sociedade, em especial no diálogo entre as gerações, no combate à cultura do descarte e na valorização e escuta dos idosos.
Em 2024, a Igreja irá celebrar o IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, celebrado anualmente no quarto domingo de julho, e próximo à memória litúrgica dos Santos Joaquim e Ana. Em sua mensagem para a data, o Papa ofereceu uma reflexão proposta do Salmo 71, “Na velhice, não me abandones” (Sal 71, 9), recordando a rejeição dos idosos.
Na mensagem, Francisco recorda que, na Bíblia, é possível encontrar a certeza da proximidade contínua de Deus, mas, também, o temor do abandono, em especial na velhice. “Não se trata duma contradição”, destaca o Pontífice, que afirma que, ao olharmos ao redor, constatamos que isso é o espelho da realidade. “A molesta companheira da nossa vida de idosos e avós é, com frequência, a solidão”, ressalta.
O Papa destaca, ainda, que muitas são as causas dessa solidão. Em países pobres, por exemplo, os idosos vivem sozinhos porque os filhos precisaram emigrar. Em situações de conflitos, os idosos ficam sozinhos pois os homens tiveram que ir combater e as mulheres e crianças deixam o país em busca de segurança.
Francisco recorda que as palavras o salmo trazido como tema de sua mensagem podem parecer excessivas, “mas podem-se compreender quando se considera que a solidão e o descarte dos idosos não são casuais nem inevitáveis, mas fruto de opções – políticas, económicas, sociais e pessoais – que não reconhecem a dignidade infinita de cada pessoa.”
Em sua mensagem para o IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, o Papa convida os fiéis a “mostrar a nossa ternura aos avós e aos idosos das nossas famílias, visitemos aqueles que estão desanimados e já não esperam que seja possível um futuro diferente”, chamando, ainda, a contrapor o coração aberto à atitude egoísta que leva ao descarte e à solidão .
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação, com informações do Vatican News