No dia 8 de junho, ministros da União Europeia firmaram um acordo que visa compartilhar a responsabilidade pelo cuidado e acolhida dos migrantes e refugiados que chegam à Europa. Em 2022, a UE recebeu mais de 962 mil pedidos de asilo, o maior número desde 2016.
27 membros de ministérios sobre assuntos domésticos selaram o acordo, com objetivo de ajudar os migrantes e refugiados, a maioria fugindo da guerra na Síria e que chegam à União Europeia pelo Mar Mediterrâneo. O acordo ainda precisa ser aprovado pelo Parlamento Europeu.
A medida acontece após mais de uma década de discussões e desencontros. Somente a Hungria e a Polônia votaram contra o acordo e Bulgária, República Tcheca, Malta, Lituânia e Eslováquia se abstiveram.
Um dos principais aspectos do acordo é a obrigação de uma solidariedade europeia obrigatória, mas mais flexível. Também há a proposta de que cada país deve receber um determinado número de solicitantes de asilo ou, caso contrário, dar uma contribuição financeira para um fundo gerido pela EU.
O valor seria cerca de 20 mil euros (pouco mais de 106 mil reais na cotação atual) por solicitante de asilo não realocado, limitado a 30 mil requerentes por ano. Nancy Faeser, da Alemanha, comemorou o acordo como “histórico”. A principal autoridade de imigração do bloco disse que a medida representa uma situação em que todos os Estados-membros da UE ganham.
“É um passo histórico e um grande sucesso finalmente poder unir tantos Estados-membros em torno de uma posição comum”, comemorou Maria Malmer Stenergard, ministra da Migração da Suécia.
Por Nayá Fernandes, da Equipe de Comunicação, com informações de G1 e CNN