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Violência já forçou 15 mil migrantes da RDC a cruzarem para o Burundi, afirma ACNUR

Entre 10 e 15 mil pessoas cruzaram a fronteira da República Democrática do Congo (RDC) para o Burundi nos últimos dias, de acordo com um porta-voz do ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados. A RDC enfrenta, desde o final de 2024, uma nova onda de conflitos armados que já deslocaram mais de 400 mil pessoas, segundo o ACNUR.

O porta-voz do ACNUR, Matthew Saltmarsh afirmou durante coletiva de imprensa na terça-feira, 18, no Palácio das Nações, em Genebra, que a maioria dos migrantes que cruzaram para o Burundi são congoleses, principalmente da região de Bukavu, na província de Kivu do Sul, além de um número menor de cidadãos do Burundi retornados.

“As pessoas estão chegando principalmente ao posto de fronteira de Gatumba, perto da maior cidade, Bujumbura, exaustas e traumatizadas, muitas separadas de suas famílias com poucas informações sobre seu paradeiro”, afirmou Saltmarsh. Ele destaca, ainda, que milhares de outras pessoas tem cruzado a fronteira entre a RDC e o Burundi por pontos não oficiais, entre eles o Rio Rusizi, onde há relatos de afogamentos.

O porta-voz do ACNUR destaca que as condições das comunidades próximas à fronteira são “extremamente terríveis”, incluindo falta de abrigo, água e instalações sanitárias. Segundo Saltmarsh, em uma comunidade mais de 10.400 pessoas estão abrigadas em escolas e um estádio local no lado da RDC enquanto esperam para serem realocadas para locais mais seguros no interior.

O ACNUR destaca que a situação no leste da RDC “continua desafiadora”, com mais de 150 mil pessoas fugindo devido aos confrontos mais recentes em Kivu do Sul. “Pelo menos 85.000 desses indivíduos estão vivendo em locais espontâneos recém-criados para pessoas deslocadas internamente”, onde serviços básicos são escassos, segundo Saltmarsh. De acordo com a Agência, o novo fluxo de migrantes se junta aos cerca de 91 mil refugiados que o Burundi acolhe atualmente, principalmente da RDC, muitos dos quais já vivem no país há décadas.

De acordo com dados do ACNUR, a República Democrática do Congo tem 6,7 milhões de deslocados internos, principalmente nas províncias de Ituri, Kivu do Norte, Kivu do Sul e Tanganyika. Segundo a Agência, mais de 1 milhão de pessoas da RDC estão refugiadas em países vizinhos. Além disso, a RDC abriga cerca de 520 mil refugiados, principalmente da República Centro-africana, Ruanda, Sudão do Sul e Burundi.

Por Amanda Almeida, do Serviço de Comunicação

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