Papa irá participar do festival “Encontros Mediterrâneos”, que reúne países que fazem fronteira com o Mar Mediterrâneo
Após o Angelus de domingo, 17, o Papa Francisco falou sobre sua viagem a Marselha, na França, na sexta-feira, 23, e no sábado, 24, para participar do festival “Encontros Mediterrâneos”, que reúne líderes eclesiais e civis dos países que fazem fronteira com o Mar Mediterrâneo.
O fenômeno migratório na região do Mediterrâneo é um dos principais assuntos tratados no encontro, “que se realiza em importantes cidades do Mediterrâneo, reunindo líderes eclesiais e civis para promover percursos de paz, colaboração e integração em torno do mare nostrum”, destacou o Papa.
As migrações não são um desafio fácil, ressaltou Francisco, mas “deve ser enfrentado em conjunto, pois é essencial para o futuro de todos, que só será próspero se for construído sobre a fraternidade, colocando em primeiro lugar a dignidade humana, as pessoas concretas, especialmente as mais necessitadas”, disse.
Francisco pediu, ainda, que os fiéis o acompanhem em oração e agradeceu “às autoridades civis e religiosas e a todos aqueles que estão trabalhando para preparar o encontro em Marselha, uma cidade rica de povos, chamada a ser um porto de esperança.”
Aumento de desembarques em Lampedusa
Na semana passada, cerca de 10 mil migrantes chegaram à ilha italiana de Lampedusa, o que elevou o número de desembarques na Itália pelo Mediterrâneo Central a 125 mil pessoas em 2023. Pelo menos 2.078 pessoas morreram ou desapareceram na região desde janeiro.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), desde o início de 2023, mais de 160 mil migrantes chegaram à Espanha, Itália, Grécia, Malta e Chipre pelo Mediterrâneo. Em 2022, o total de chegadas a esses países foi de 159.410 pessoas.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação