De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) mais de 2,6 mil brasileiros foram deportados dos Estados Unidos desde o início do governo de Donald Trump, em janeiro. O primeiro voo de deportação chegou ao Brasil em 24 de janeiro.
Na última quarta-feira, 19, um voo com 81 repatriados dos EUA pousou no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins/MG. Após a chegada, o Governo do Brasil realizou uma ação de acolhimento, coordenada pelo MDHC, em parceria com outros ministérios e órgãos federais, através do programa “Aqui é Brasil”.
A ação contou com uma nova metodologia, que realizou as etapas de recepção e atendimento em um hotel, onde foi montada uma estrutura especial para atender as demandas dos repatriados. Entre os serviços disponibilizados estão atendimento médico, psicológico e psicossocial, alimentação, kits de higiene e apoio para o deslocamento terrestre até as cidades de origem.
De acordo com o MDHC, 68 dos repatriados nesta operação eram homens e 13 eram mulheres. Do total, 78 pessoas viajavam sozinhas, sendo 68 homens e 10 mulheres, duas pessoas eram integrantes de família e uma mulher tinha caso médico.
Segundo o MDHC, desde fevereiro, 32 operações já foram realizadas pelo programa, sendo uma em janeiro, duas em fevereiro, março, abril, maio e junho, quatro em julho, agosto e setembro, cinco em outubro e três em novembro, incluindo a ação do dia 19.
Primeiro voo de repatriação tinha brasileiros algemados
Em 24 de janeiro o Brasil recebeu o primeiro voo com 88 brasileiros deportados dos EUA do governo de Donald Trump. Após um pouso de emergência em Manaus/AM, foi constatado que os passageiros eram mantidos algemados.
Por orientação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a Polícia Federal recepcionou os brasileiros e determinou às autoridades e representantes do governo norte-americano a imediata retirada das algemas. Uma aeronave da Força Aérea Brasileia (FAB) foi mobilizada para transportar os nacionais até o destino final.
Em nota emitida à época, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que “o uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos de acordo com os EUA, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”.
Por Amanda Almeida, do Serviço de Comunicação











